Afinal, as discrepâncias no número de votantes nas eleições presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais surgiram do empolamento de votos no apuramento distrital dos resultados. Entretanto, os resultados da contagem paralela do partido PODEMOS submetidos ao Conselho Constitucional também foram viciados, de acordo com Lúcia Ribeiro.
É um facto, houve mudanças nos resultados das eleições proclamados pelo Conselho Constitucional em relação aos que tinham sido anunciados pela Comissão Nacional de Eleições. Mas, com que explicação?
A presidente do Constitucional, Lúcia Ribeiro, aponta como origem das diferenças nos resultados o apuramento que tinha sido feito a nível distrital, que foi viciado.
Mas, a viciação dos resultados, de acordo com a instância máxima de validação das eleições, veio também dos concorrentes, ou pelo menos houve intenção, a avaliar pela contagem paralela submetida ao Conselho Constitucional pelo partido PODEMOS.
Esta formação política dizia que Venâncio Mondlane venceu as presidenciais com 53,38% dos votos, contra 35,66% de Daniel Chapo, 6,04% de Ossufo Momade e 4,92% de Lutero Simango.
Entretanto, com as próprias actas e editais do PODEMOS submetidas ao Conselho Constitucional, este órgão chegou a outra conclusão: os números apontam para 57,79% de votos a favor de Daniel Chapo, 31,67% obtidos por Venâncio Mondlane, 6,73% conseguidos por Ossufo Momade e 3,81 tidos por Lutero Simango.
Porém, o Conselho Constitucional não explica com base chegou aos resultados definitivos da eleição do Presidente da República.
Em relação às eleições legislativas, Lúcia Ribeiro diz que se confrontou actas e editais dos distritos em que os partidos PODEMOS, Renamo e MDM reclamaram e com isto…
Bom, com algumas mudanças nos resultados e poucas explicações, o PODEMOS, a Renamo e o MDM viram seu número de deputados aumentar no Parlamento, a Frelimo com o número a reduzir, assim como reduziu o número de votos que Chapo teve na eleição presidencial e subiu o de votantes de Venâncio Mondlane, Ossufo Momade e Lutero Simango… Mas, mantém-se Chapo como presidente eleito e a Frelimo como partido com maioria parlamentar.