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Dia da Vitória: Antigos e actuais dirigentes defendem preservação do legado

Antigos e actuais dirigentes do país destacaram, este domingo, a importância da preservação do legado histórico da luta de libertação, defendendo trabalho contínuo, fortalecimento da educação e maior envolvimento da juventude para valorizar os Acordos de Lusaka e garantir o desenvolvimento nacional.

Falando na Praça dos Heróis Moçambicanos, durante as cerimónias centrais do Dia da Vitória, o antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, um dos protagonistas das negociações que culminaram na assinatura dos Acordos de Lusaka, recordou o simbolismo da data.

“Hoje é o Dia da Vitória, porque o Acordo de Lusaka foi o reconhecimento da vitória do povo moçambicano, o reconhecimento do seu direito à independência”, disse Chissano, apelando ao trabalho incansável para preservar o legado dos que tombaram em defesa da pátria.

Na mesma linha, a antiga Presidente da Assembleia da República, Esperança Bias, destacou a coragem da juventude da época como exemplo para as novas gerações. 

“Vamos seguir o exemplo daqueles jovens que deixaram os pais, a escola e os amigos para libertar esta pátria. Foi graças à disciplina, ao respeito pela diferença e ao espírito de entrega que alcançamos a liberdade. É isto que os jovens devem seguir hoje”, afirmou.

O general na reserva e académico António Hama Thai sublinhou a educação como instrumento essencial para dar continuidade à luta. 

“A juventude deve inspirar-se na coragem dos combatentes, mas precisa dominar a ciência e a tecnologia. É esse conhecimento que permite diagnosticar os problemas, identificar os desafios e encontrar soluções que impulsionem o desenvolvimento”, apontou.

Já a actual Presidente da Assembleia da República, Margarida Talapa, defendeu a consolidação da unidade nacional, da independência e da soberania, colocando a pacificação e a reconciliação como prioridades. 

“Todos devemos responder positivamente ao apelo do Presidente da República, através do diálogo inclusivo, para fortalecer o grande projeto de desenvolvimento da sociedade moçambicana”, disse Talapa.

A Primeira-Ministra, Benvinda Levi, apelou à superação de ressentimentos e à união em torno da construção da nação.

“Precisamos identificar as nossas feridas, sará-las com propósito e racionalidade, e continuar a edificar o país pelo qual lutámos”, frisou.

Também presente, a Presidente do Conselho Constitucional sublinhou que o país enfrenta hoje 

“A luta agora é pelo desenvolvimento político, económico e social. Reduzir as desigualdades exige o empenho não só do Estado, mas de cada cidadão, no seu espaço de atuação”, defendeu.

O ministro do Interior, Paulo Chachine, destacou a importância de compreender a história para projetar o futuro.

“O 7 de Setembro é parte da nossa existência. Deve ser celebrado, estudado e interiorizado, para entendermos o seu significado real e seguirmos o exemplo dos que sacrificaram as suas vidas pela independência”, afirmou.

Na mesma linha, o Provedor de Justiça, Isac Chande, defende maior aposta na produção.

“Todos temos responsabilidade na construção deste país. Mas é sobretudo a juventude que deve envolver-se nos processos produtivos, para que Moçambique cresça e os resultados da vitória sejam usufruídos por todos”, concluiu.

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