As forças norte-americanas mataram, nas últimas 24 horas, três líderes do grupo extremista Estado Islâmico na Síria, numa operação helitransportada e num ataque aéreo.
A operação de helicóptero, segundo os militares dos Estados Unidos, visou um dos líderes, Rakan Wahid al-Shamri, e foi realizada na quarta-feira à noite no nordeste da Síria. O ataque ocorreu num enclave mantido pelas forças do regime sírio, perto da cidade de Qamishli, controlada por forças curdas aliadas com tropas norte-americanas, refere o Notícias ao Minuto.
Esta é a primeira vez, desde o início da guerra síria em 2011, que as tropas norte-americanas realizam uma operação de helicóptero numa área sob controlo do regime de Bashar al-Assad, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Centenas de tropas dos EUA estão destacadas no nordeste da Síria como parte de uma coligação liderada pelos EUA, que continua a lutar com os seus aliados curdos das Forças Democráticas Sírias.
O comando norte-americano adiantou, num segundo comunicado, citado pela mesma fonte, que tinha matado dois altos membros do grupo extremista num ataque aéreo no norte da Síria, sem especificar exactamente onde.
“Esta operação irá enfraquecer a capacidade do Estado Islâmico para desestabilizar a região e atacar as nossas forças e aliados, sublinhou o chefe do comando dos EUA na região, Michael Kurilla.
Após uma ascensão meteórica ao poder em 2014 no Iraque e na vizinha Síria e a conquista de vastos territórios, o Estado Islâmico viu o seu autoproclamado califado cair sob sucessivas ofensivas. Foi derrotado em 2017 no Iraque e em 2019 na Síria. Mas o grupo extremista continua a realizar ataques através de células adormecidas nestes dois países.
Em julho, os EUA mataram um outro líder do grupo num ataque com drone no noroeste da Síria. Em junho, capturou outro numa operação helitransportada no norte da Síria.