O Governo brasileiro doou 100 mil euros com vista a contribuir para minorar o quadro de insegurança alimentar na província de Cabo Delgado, na esteira de conversas mantidas entre o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, e a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Verónica Macamo Dhlovo.
O Brasil vai canalizar recursos ao Fundo Especial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e transferida ao Programa Mundial de Alimentação (PMA), em gesto de apoio ao enfrentamento às consequências da insurgência terrorista naquela província e à promoção do desenvolvimento da região.
Em Junho último, o director-executivo do PMA, David Beasley, manteve, em Maputo, um encontro com o Presidente da República, Filipe Nyusi, manifestando a intenção de continuar a apoiar o país face à crise humanitária em Cabo Delgado, onde cerca de 800 mil pessoas se encontram deslocadas devido aos ataques terroristas.
Segundo Beasley, a ambição do PAM é continuar a apoiar as pessoas afectadas pelo conflito de forma efectiva, mas, além da insurgência armada, Moçambique enfrenta outros desafios que requerem também a atenção da agência das Nações Unidas.
No total, segundo dados avançados pelo PMA, a agência apoia mais de 1,9 milhões de pessoas em todo o país, através de várias iniciativas, com destaque para programas que dão prioridade ao combate contra a desnutrição e respostas face às cíclicas calamidades naturais.