Cinco indivíduos foram detidos no município de Dondo, em Sofala, acusados de integrar uma quadrilha composta por 11 elementos, que se dedica a assaltos à mão armada.
Dentre o grupo está um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM), que estava afecto no distrito de Gorongosa, apontado como líder da quadrilha.
O ‘polícia ladrão’ emprestava a sua arma aos seus comparsas e algumas vezes também participava dos assaltos. O grupo reforçava-se com catanas e objectos contundentes, para aterrorizar as suas vítimas e dedicava-se a assaltos a estaleiros de madeira, residências e na via pública.
O último assalto protagonizado pelos indiciados foi numa bomba de abastecimento de combustível, no município de Dondo, onde roubaram valores monetários não especificados, com recurso a uma arma de fogo e catanas. O agente da polícia nega o seu envolvimento no crime.
"Não é verdade que tenho emprestado a minha arma a este grupo. Não os conheço e nunca estive envolvido num assalto à mão armada"- negou o agente indiciado.
No entanto, um dos envolvidos no crime, por sinal o taxista que transportou parte dos elementos da quadrilha até a bomba de combustível, confirmou que transportou, no dia do assalto, cerca das 22 horas (O assalto ocorreu perto das 22 e 30) na sua moto-táxi o agente da polícia e outros dois assaltantes, até ao local onde foi protagonizado um dos crimes.
"Eles traziam sacos de cor amarela que no seu interior parecia conter objectos compridos. Fui deixá-los na bomba e segui a minha vida. No dia seguinte soube que a bomba tinha sido assaltada", disse, distanciando-se, no entanto, do caso.
Para além de ter neutralizado os supostos assaltantes, a Polícia apreendeu, na posse dos mesmos, diversos bens roubados, entre eles telefones celulares e televisores, assim como as armas usadas nos assaltos e o fardamento do agente da PRM indiciado de roubo.