O governador da Zambézia advoga a necessidade de os moçambicanos continuarem focados nos objectivos que levaram à conquista da independência nacional, a 25 de Junho de 1975. Para Pio Matos, desde aquela data, estava claro que os moçambicanos iriam trabalhar sozinhos para vencer vários obstáculos relacionados, por exemplo, com a pobreza, o analfabetismo e a fraca rede de infra-estruturas escolares e hospitalares.
“Hoje, com orgulho e determinação, o balanço da nossa independência é positivo. Hoje podemos reafirmar que, de facto, a luta para libertar a terra e os homens em Moçambique valeu apenas. Agora precisamos estar unidos e focados nos objectivos que almejamos para o nosso país. Precisamos continuar a lutar contra a pobreza”, disse o governante, para quem este quinquénio servirá para reforçar à construção de infra-estruturas sociais, nomeadamente escolas, hospitais e vias de acesso.
Na educação, Pio Matos não tem dúvidas de que todas as crianças devem ir à escola. Na saúde, o governo quer ver mais centros de saúde, medicamentos e pessoal qualificado a tratar à população da província da Zambézia.
Para o sector de estradas, o governante diz que a avaliar pelos níveis de produção de comida na província, os produtores precisam de transportar os excedentes.
O governador da Zambézia falava a jornalistas na Praça dos Heróis em Quelimane, onde houve deposição de coroa de flores pela secretária de Estado da província da Zambézia, Judith Mussácula. Matos considerou ainda que o processo de governação descentralizada em curso no país repre senta um dos marcos importantes dos 45 anos da independência nacional.
Judith Mussácula teve poucas palavras, referindo que a província da Zambézia e o país conheceram avanços significativos no sector de infra-estruturas, o que impacta positivamente na vida da população.
Ainda ontem, o governo da Zambézia condecorou 15 compatriotas que estiveram envolvidos na luta de libertação nacional, uns presentes e outros a título póstumo.
Na ocasião, os condecorados mostraram-se satisfeitos pelo reconhecimento, mas alguns pediram ao governo assistência em habitação e criação de outras condições para que eles e seus familiares levem uma vida com dignidade.