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Migração em Maputo procura evitar caos nas fronteiras

Foto: O País

No âmbito da quadra festiva que se avizinha, os serviços de Migração na Província de Maputo reforçam meios técnicos e humanos para flexibilizar a capacidade de atendimento ao movimento migratório que se espera que venha se acentuar na maior e mais movimentada fronteira terrestre do país, que é Ressano Garcia.

Na quadra festiva 2020 para 2021, na fronteira de Ressano Garcia registaram-se momentos de caos. Há imagens que por muitos dias caracterizaram aquele posto de fronteira terrestre com a vizinha África do Sul, imagens essas ainda presentes na memória dos utentes. Longas filas de carros, pessoas passando noites ao relento. Então, é este o cenário cuja repetição se procura evitar.

De acordo com o porta-voz da Migração na Província de Maputo, Juca Bata, os habituais 18 guichês que servem para atender o movimento migratório vão aumentar para 29, havendo reforço em pessoal de atendimento.

Quanto aos camiões de carga, que também contribuíram para haver o caos trânsito na fronteira, criou-se uma extensão junto ao quilómetro 4 para flexibilizar o movimento migratório e desembaraço aduaneiro.

Os mineiros também terão um atendimento especializado com sete guichês do lado sul-africano e quatro do lado moçambicano. “Estão sendo desenhados alguns cenários novos, na verdade, para ver se conseguimos diminuir e eliminar os focos das enchentes que tivemos na quadra festiva passada. Para dizer que o movimento migratório será atendido nos pontos habituais previamente estabelecidos. Temos já os equipamentos instalados e temos a parte onde vamos atender especialmente os mineiros e temos também a parte do quilómetro quatro que vai ser activado a partir do dia dois para o movimento de regresso. Será usado também o porto seco para descongestionar o tráfego rodoviário de camiões de carga de ferro crómio”.

Juca Bata diz também que as autoridades sul-africanas já fizeram propostas para a extensão de horário de funcionamento dos dois postos de fronteira, o de Libombo na África do sul e de Ressano Garcia do lado moçambicano. Mas porque no nosso país vigora o recolher obrigatório das 23h às 4h o assunto vai ainda carecer da apreciação das autoridades a nível superior. “Não cabe só ao comando operacional decidir, mas tem que se ir ao alto nível.

Mas para aquilo que é o objectivo principal que é desembaraçar cada vez mais o movimento migratório e outras situações, esta abertura da fronteira por 24 horas será bem-vinda e acho que quem de direito vai nos dar o aval para continuarmos a trabalhar neste horário”.

Na segunda semana de Dezembro será lançada a operação conjunta da quadra festiva envolvendo as forças de defesa e segurança, o sector da saúde incluindo outros sectores relevantes. E em eventos destes participa também a parte sul-africana.

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