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Rogério Zandamela quer serviços financeiros digitais que agreguem valor ao país

Foto: O País

O Governador do Banco de Moçambique diz que as inovações tecnológicas no sector financeiro devem garantir estabilidade financeira e protecção dos consumidores. Rogério Zandamela falava, hoje, durante o lançamento da quarta edição do Sandbox Regulatório.

O Banco de Moçambique procedeu, hoje, ao lançamento da quarta edição da Sandbox Regulatório, evento dedicado à apresentação de novas soluções tecnológicas para o sector financeiro.

Na ocasião, o governador do Banco Central, Rogério Zandamela, disse que as inovações tecnológicas nos serviços financeiros devem agregar valor à economia nacional.

“Pretende-se que este projecto responda aos desafios impostos pela inovação tecnológica virada para os serviços financeiros. Contudo, a criação de condições que favoreçam a inovação tecnológica não deve negligenciar os desafios ligados à mitigação de riscos, estabilidade financeira, protecção do consumidor e conduta do mercado”, explicou.

A terceira edição do Sandbox Regulatório contou com a participação de oito fintechs, das quais cinco foram aprovadas e três não reuniram condições para tal.

“Das 10 fintechs da terceira edição, foram aprovadas cinco, sendo uma plataforma de e-KYC (Tablu Tecnologias), duas de intermediação financeira (DSD Capital e Thembani Africa), uma plataforma de informação económica e financeira (Mozeconomia) e um agregador de pagamento (Afrinova). Duas fintechs ainda estão em processo de realização de testes em ambiente real”, acrescentou Zandamela.

Por sua vez, o presidente da Associação Moçambicana dos Bancos, Teotónio Comiche, quer que os serviços baseados nas tecnologias sirvam para promover a inclusão financeira.

“A nossa expectativa é que as Fintechs admitidas nesta edição possam trazer soluções criativas que permitam maior disponibilidade e igualdade de oportunidades de acesso a produtos e serviços financeiros a custos controlados”, referiu Teotónio Comiche, presidente da Associação Moçambicana dos Bancos.

As fintechs destacam a prevalência de barreiras no processo de massificação dos serviços financeiros digitais no país.

As empresas apuradas passam a disponibilizar os seus produtos no mercado em parceria com instituições financeiras autorizadas, a obter licença junto do banco central e a actuar no mercado de forma autónoma.

O Sandbox Regulatório enquadra-se no âmbito da implementação da Estratégia Nacional de Inclusão Financeira 2016–2022, e um dos seus objectivos é aumentar o nível de acesso e uso dos serviços financeiros para a população moçambicana.

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