O Campus da Universidade Eduardo Mondlane, na cidade de Maputo, é, esta tarde, centro de um grande evento, que se espera vir a ter impacto positivo na vida dos moçambicanos. Designado Decisão Final de Investimento do projecto de Gás Natural Liquefeito na Bacia do Rovuma, o encontro envolve o Governo moçambicano e os parceiros da Área 1, consórcio liderado pela empresa norte-americana Anadarko.
Enquanto se aguarda a chegada do Presidente da República, que vai discursar na UEM nesta noite, várias personalidades vão tomando os seus lugares, algumas delas partilhando com a imprensa o que esperam do evento. Para a maioria das personalidades, a opinião é unânime, a Decisão Final de Investimento abre uma nova era no processo de desenvolvimento económico do país. Por isso mesmo, segundo o Primeiro-Ministro, os moçambicanos devem estar preparados para tirar vantagens desta conquista e saberem preparar a juventude nesse sentido. “Este é um grande sinal de confiança do reforço de retoma dos parceiros e traduz um grande trabalho feito pelo Governo liderado pelo Presidente Filipe Nyusi. Foi um trabalho muito aturado e esperamos que com este evento possamos criar mais empregos”, afirmou Carlos Agostinho do Rosário.
Na mesma ordem de pensamento de Agostinho do Rosário, o Ministro da Terra, Celso Correia, adianta que o país deverá fazer de tudo para que o desenvolvimento seja inclusivo. Para o efeito, é indispensável que os “moçambicanos saibam explorar as oportunidades neste momento de viragem que abre uma linha de esperança e de emprego”, disse Correia, acrescentando que a construção da vila de reassentamento das populações retiradas em Cabo Delgado para dar lugar aos projectos de exploração estão em conclusão, devendo as residências serem inauguradas dentro de 30 dias. “Queremos projectar cidades e vilas que possam crescer de forma harmoniosa”.
Para o Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, hoje é dia muito especial porque há uma decisão que vai marcar tudo o que o Governo sempre disse: “é preciso usar recursos naturais para dinamizar o desenvolvimento do país”. Logo, para o governante assim como para Tomaz Salomão, o evento de extrema importância deve conseguir gerar o impacto esperado a médio e longo prazo. E o Reitor da Universidade que acolhe a cerimónia, Orlando Quilambo, sublinha que a Decisão Final de Investimentos vai levar Moçambique ao mapa dos países que se desenvolvem. “Devemos começar a prepararmo-nos para que os benefícios das populações seja algo certo”.
Já na percepção do Representante do FMI em Moçambique, Ari Aisen, o evento desta tarde/ noite significa crescimento económico para Moçambique, “é um dia importante porque fica-se com voto de confiança dos investidores, o que deve contribuir para criar um conforto nos cofres públicos”.