Devido à pandemia da COVID-19, crentes celebraram a sexta-feira santa em casa. Entretanto, a procura de mariscos e verduras nos principais mercados da capital do País tendem a decrescer devido ao novo Coronavírus.
No mercado do peixe da Cidade de Maputo, estava Cláudia Vanessa da Silva Almeida que é cristã. Ela não poderá passar a quadra pascal como antigamente devido ao impacto da COVID-19 e as restrições impostas pela vigência do Estado de Emergência. E para assinalar a sexta-feira santa escalou mercado peixe para adquirir mariscos.
Cláudia diz que a situação do Coronavírus que já tem 20 casos confirmados no país e o Estado de Emergência não permitem qualquer celebração.
“Hoje é sexta-feira santa, neste momento em condições normais devíamos estar na igreja no culto da sexta-feira santa. No entanto estou aqui vim fazer algumas compras para passar o dia em casa, hoje e amanhã”.
Porque há medidas de distanciamento social já decretadas, as vendas de mariscos também ressentem-se do impacto da COVID-19. Natércia, é vendedeira de mariscos no mercado do peixe, na Marginal de Maputo. Leva consigo uma máscara que lhe tapa a boca e as narinas e fala com uma colega para levar uns quilogramas de mariscos para entregar a um cliente que esta do lado de fora do mercado porque não quer entrar, tem receio de contaminação pela COVID-19.
Depois de pousar o telefone na sua banca de mármore abre-se a conversa com a reportagem do Jornal "O País" onde, conta como têm sido os últimos dias.
“Nós vendemos, mas as vendas baixaram muito desde que entramos para o Estado de Emergência, as vendas baixaram muito. Os clientes não entram. Nos anos passados sem esses problemas eu vendia 50kg de lulas na semana santa. Agora não, eu por exemplo tenho 50kg na minha arca do frigorífico e ainda não consegui vender, como vês há mais vendedores do que clientes”, Disse a vendedeira que sempre possível acenava aos poucos clientes para aproximarem a sua banca onde tinha quase todo tipo de mariscos.
E as hortaliças e hortícolas também fazem parte da ementa da quadra pascal. Sónia Eusébio tem a sua banca afixada num dos corredores do mercado Zimpeto, ela tem na sua banca todo tipo de verduras, ela pega num molho de espinafres e mostra que tem sido um dos vegetais mais compradas por conta da sexta-feira santa. Para ela, as vendas estão satisfatórias embora diferentes dos anos passados.
E por seu turno Helena Matusse foi ao mercado do Zimpeto adquirir hortícolas e já tem a ementa desenhada, sendo que esta sexta-feira santa vai consumir “tihaka” fruto de cacana, e já sábado vai confecionar “tseke” e por fim no domingo vai preparar couve.
Devido à vigência do Estado de Emergência, muitos crentes realizam suas orações em casa de modo a evitarem aglomerações e contaminação daCOVID-19.