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Dentro de alguns dias, o número de infectados com COVID-19 vai atingir um milhão. O alerta é da Organização Mundial da Saúde que pede à comunidade internacional para aliviar a dívida sobre países pobres.

Com mais de 935 mil infectados e 47 mil mortos, é só uma questão de dias para o mundo registar 50 mila mortos e um milhão de infectados com a COVID-19.

Os números parecem irreversíveis, mas nem por isso o mundo deve cruzar os braços. Por esta razão, que a OMS pede aos governos de todos os países que coloquem à disposição medidas de auxilio social para que pessoas mais carenciadas tenham suficiente comida e satisfação de outras necessidades básicas durante a pandemia.

O Fundo Monetário Internacional garantiu na quarta-feira ter recursos suficientes avaliados em 1 trilião de dólares para emprestar os países necessitados.

A organização acrescentou que mais de 80 países do mundo, sobre os países em vias de desenvolvimento, já requisitaram cerca de 20 biliões de dólares com taxas de juro bonificadas.

Ainda não se chegou a nenhuma conclusão sobre a cura definitiva da COVID-19 em pessoas infectadas. Entretanto, alguns testes feitos na China e França, mas que ainda carecem de aprovação final, sugerem que a cloroquina, um medicamento contra malária, consegue reduzir níveis do vírus em pessoas infectadas.

A 24 de Março, o presidente norte-americano Donald Trump chegou a considerar a cloroquina como “um presente de Deus”, tendo sido alvo de severas críticas.

Mas mesmo sem aprovação final da OMS, já são muitos países africanos que têm permitido o uso da cloroquina como medicação contra COVID-19 em pessoas infectadas, noticiou News 24.

Por exemplo, a vizinha África do Sul, Burkina Faso e Camarões já autorizaram os hospitais a tratar os infectados na base destes comprimidos.

Pessoas infectadas no Senegal tem-lhes prescrito hidroxicloroquina, um derivado da cloroquina. O presidente da República Democrática do Congo, Felix Tshisekedi, ordenou urgentemente a produção da cloroquina em grande quantidade. O certo é que o preço de cloroquina em vários países africanos está cada vez mais elevado, e o medicamento tem sido vendido no mercado negro, o que aumenta os riscos da sua falsificação.

França já baniu a exportação de cloroquina e Marrocos requisitou grandes stocks desse medicamento.

Algumas organizações de saúde alertam sobre os efeitos colaterais do consumo de cloroquina, que tem sido comprada nas farmácias sem nenhuma prescrição médica.
Vários países africanos usam cloroquina para tratar pessoas infectadas, um medicamento que ainda carece da aprovação final da OMS

 

A Espanha continua a ser um dos países mais afectados com o novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, o país registou mais 950 mortes alcançando um total de 10.003 vítimas mortais.

De acordo com a última atualização das autoridades sanitárias, Espanha tem 8.102 novos infectados, num total de 110.238.

De acordo com os dados do Ministério da Saúde espanhol desde o início da pandemia, há um total de 110.238 de casos confirmados com a covi-19, dos quais 10.003 morreram e 26.743 tiveram alta e são considerados como curados.

No país já passaram ou estão em unidades de cuidados intensivos 6.092 doentes.

Há dias que a vida começou a voltar à normalidade em muitas regiões da China. Diversos sectores produtivos retomam as actividades, com destaque para as obras públicas, a indústria metalúrgica e produção e processamento de alimentos. Nas ruas de cidades como Wuhan, epicentro do novo Coronavírus, pessoas já circulação.

 

Depois de o pior ter passado, a Embaixada de Moçambique na China congratula os moçambicanos por terem seguido as recomendações das autoridades sanitárias e conseguido ultrapassar a fase de pico da doença, sem nenhum compatriota infectado.

“Não foi fácil”, começa por reconhecer a embaixadora moçambicana naquele país, Maria Gustava, acrescentando que “com paciência, coragem e sentido de responsabilidade conseguiram ultrapassar todos os desafios, cumprindo com rigor as instruções e normas estabelecidas pelas autoridades sanitárias, bem como pelas vossas universidades, o que enche de orgulho e honra a vossa pátria”.

Maria Gustava prossegue, num comunicado a que “O País” teve acesso, dizendo que o sentido de responsabilidade dos moçambicanos fez com que a batalha contra a curva ascendente da COVID-19, por exemplo, fosse ganha.

A embaixadora frisou que a doença “continua a ceifar vidas humanas pelo mundo fora, constituindo, deste modo, um dos grandes desafios do nosso país”.

Em quanto ao nosso país, a embaixada moçambicana na China deixa uma palavra de conforto, numa altura em que reforçam-se as medidas preventivas contra o novo coronavírus.

“Infelizmente ainda não podemos celebrar, pois neste momento somos chamados a cumprir mais honrosa tarefa de servir de guias e exemplos para as nossas famílias, amigos e todo o povo moçambicano na luta contra a COVID-19. Temos a missão de aconselhar, dar dicas, partilhar as nossas ricas experiências, transmitir mensagens positivas e de esperança de que com calma e fé venceremos a COVID-19”, refere Maria Gustava em comunicado.

Apesar do regresso a normalidade, os chineses ainda cumprem com rigor as recomendações sanitárias, entre outras, com vista a erradicar a pandemia.

Na China, o regresso ao trabalho é também cada vez mais uma realidade, em particular no primeiro epicentro do novo Coronavírus. Há várias semanas que se não viam pessoas a caminhar em Wuhan.

 

 

O Ministério de Saúde detectou o primeiro caso infectado localmente na província de Cabo Delgado. Armindo Tiago assegura que esta sexta-feira, uma equipa da saúde desloca-se a Palma para testar todos cidadãos que mantiveram contacto com o moçambicano contaminado. Nas últimas 24 horas não houve registo de nenhum caso positivo, dos 18 testados

 

Afinal não é somente Maputo que conta com casos positivos de coronavírus oficialmente conhecidos. Cabo Delgado é a segunda província a ter um caso da Covid-19, nomeadamente do cidadão moçambicano de 61 anos de idade, anteriormente anunciado como sul-africano. Na verdade trata-se de uma infecção local, ou seja, o cidadão em causa não esteve fora do país, mas contraiu a pandemia em Palma, onde se encontrava em missão de serviço, tendo regressado a Maputo, já contaminado, e onde foi diagnosticada a infecção.

Vale isto dizer que há mais casos escondidos em Moçambique, nomeadamente na província de Cabo Delgado, onde o cidadão foi infectado, e o Ministério da Saúde vai enviar uma equipa de saúde para testar todos os cidadãos que mantiveram contacto com o moçambicano ora infectado.

De acordo com o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, a equipa parte esta sexta-feira para testar grande parte dos cidadãos do distrito de Palma, para procurar parar a contaminação deste primeiro caso de fora da capital do país. Entretanto, tanto este cidadão como para o outro anunciado ontem, do moçambicano de 18 anos regressado de Portugal, os agentes de saúde já estão a monitorar, no sentido de garantir assistência aos mesmos.

E por falar em casos de outras províncias, Armindo Tiago assumiu que maior parte dos 302 casos até aqui testados, são da capital do país, mas garante que há testes feitos fora de Maputo, nomeadamente noutras províncias. Alias, segundo o Ministro da Saúde, há casos que foram suspeitos, mas depois das análises detectou-se que se tratava de simples febres e gripes, e foram logo tratados e estão sob controlo.

Para os oito casos anteriormente anunciados, os agentes da saúde estão a ministrar uma terapia que consiste em controlar a temperatura e estancar as febres, sendo esta a forma encontrada para controlar a evolução dos casos já detectados. Ainda assim, segundo o Ministro da Saúde, estes cidadãos estão a ser bem monitorados e já apresentam melhorias.

Armindo Tiago confirmou que foram testados em todo país 302 casos, com maior realce para a capital do país. Nas últimas 24 horas foram testados 18 cidadãos, tendo todos dado negativo nos resultados.

 

Cinco moçambicanos na diáspora infectado com Covid-19

Outrossim são os moçambicanos infectados com covid-19 na diáspora, cujo número passou de dois para cinco, dos quais um na Espanha, outro em Portugal, mais um nos Estados Unidos da América e dois na Suíça. Destes, o que estava na Espanha e outro nos Estados Unidos da América estiveram internados nos hospitais das respectivas cidades, mas tiveram alta e se encontram em casa. Os outros três (o que está em Portugal e dois da Suíça) encontram-se em isolamento domiciliário e estão a recuperar favoravelmente, segundo disse o Ministro da Saúde.

Em termos de números fora de Moçambique, o continente africano continua a ter muitos óbitos causados pela Covid-19, totalizando 221 mortos, em 6.213 casos positivos. Destes, 460 foram recuperados em 49 países. No mundo, os casos positivos totalizavam 823.626, dos quais 72.736 detectados nas últimas 24 horas. Em termos de óbitos, já vai em mais de 40 mil mortos, sendo que 4.193 foram nas últimas 24 horas.

 

 

 

Em 24 horas, França registou 499 mortos por COVID-19. O país já ultrapassou o número de mortes registado na China, com o total de 3.523 vítimas mortais.

França tem 52.128 casos confirmados, mais 7.578 doentes, segundo o balanço feito pelo diretor-geral da saúde, Jérôme Salomon, citado pela Euronews.

O número de pessoas hospitalizadas aumentou, também, e ultrapassa os 22.700 sendo que mais de 5.500 estão nos cuidados intensivos.

O Governo de Emmmanuel Macron tem estado sob críticas devido à falta de material de proteção contra a COVID-19. O Presidente da República visitou a maior fábrica de máscaras em França, na região de Angers. Macron anunciou que o país vai triplicar a produção de modo a tornar-se “independente de forma plena até ao final do ano”.

França encomendou à China mil milhões de máscaras cirúrgicas. De acordo com agência France Press, 12 milhões devem chegar esta quarta-feira.

O sector de pesca aposta na produção interna para abastecer o mercado devido a pandemia da COVID-19. A previsão aponta para uma produção de mais de 460 mil toneladas de pescado diverso em 2020, contra 420 mil em 2019.

O pescado moçambicano tem na Europa o seu maior mercado, com destaque para o camarão. Mas a propagação do novo Coronavírus no chamado “velho continente” vai ditar outras alternativas, num ano em que as capturas serão maiores que em 2019.
Uma das alternativas, segundo a ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, Augusta Maita, passa pelo incremento dos níveis de produção interna para que não falte comida.

“Se tivermos em atenção que o mundo está a viver um ano verdadeiramente atípico, em face da COVID-19, com muitos países, incluindo nossos vizinhos, a enveredarem por medidas drásticas para evitar a propagação desta doença, como por exemplo o lockdown, não nos restará outra alternativa que não seja a o aumento da produção interna”, argumentou a governante.

A ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, que falava esta quarta-feira, em Maputo, durante o lançamento oficial da campanha pesqueira 2020, deu ainda a conhecer os resultados do período de veda do camarão e caranguejo.

Os dados apresentados por Augusta Maita apontam para apreensão de mais de 11 mil quilogramas de camarão, cerca de quatro quilogramas de caranguejo. Como resultado dessa operação, foram emitidos 113 avisos de multa, correspondentes a um montante de mais de quatro milhões de meticais, tendo sido cobrado até ao momento a quantia de 1.399.326,00 meticais.

São ao todo 10 os casos positivos do novo coronavírus detectados no nosso país, confirmados pelo Ministério da Saúde na sua actualização diária.

Os dois casos recentes da Covid-19 no país não foram analisados no Instituto Nacional de Saúde, nas numa clínica privada da capital do país, sendo um dos casos de um cidadão moçambicano de 18 anos de idade que estuda em Portugal e que encontra-se actualmente na cidade de Maputo, e outro de um cidadão sul-africano de 60 anos, cuja localização ainda é desconhecida por parte das autoridades nacionais de Saúde.

Em termos de números, o nosso país já testou 284 suspeitos, dos quais 17 foram testados nas últimas 24 horas.

Até ao momento continuam oito casos testados positivos pelas instituições do Ministério de Saúde e mais dois em laboratórios privados, totalizando 10 casos positivos.

 

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