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O maior partido da oposição, Renamo, defende maior controlo nas fronteiras moçambicanas para evitar a propagação do novo Coronavírus no país. Este posicionamento foi defendido pelo secretário-geral do partido André Magibiri durante a sua visita aos mercados Fajardo e Malanga na cidade de Maputo.

Numa altura em que os casos do novo Coronavírus em Moçambique ganham mais espaço com o aumento do número dos infectados, os mercados são tidos como alguns dos principais focos de propagação da COVID-19, devido a aglomeração de pessoas oriundas de vários pontos. Foi nesse sentido que o maior partido da oposição liderado pelo seu secretário-geral André Magibiri, escalou-os para sensibilizar os vendedores e distribuir alguns materiais de prevenção.

Trata-se dos mercados Fajardo e Malanga, localizados no centro da cidade de Maputo.

“Queremos aqui apelar que haja maior controlo nas fronteiras, refiro-me, por exemplo, a fronteira Moçambique – África do Sul. Há pessoas que estão a entrar no país por vias ilegais. Outras estão contaminadas e chegam aqui, contaminam os demais.

Todos aqueles que vem de fora devem obedecer o período de quarentena e haver um controlo para que as pessoas não saiam porque se não vamos ter uma situação bastante catastrófica aqui em Moçambique”, disse o Secretário-geral da Renamo
Magibiri chama atenção de todos no sentido de cumprirem com as orientações das autoridades de saúde.

“Até o Estado de Emergência está a nossa própria proteção como moçambicanos, a nossa própria consciência é que conta mais. Se nós não assumirmos que temos que nos cuidar nada vai resultar, então a maior responsabilidade para o combate contra o novo Coronavírus é mesmo nossa”, concluiu André Magibiri.

O secretário-geral da Renamo garantiu que o seu partido irá continuar com a distribuição das máscaras visando abranger pessoas necessitadas em todo o país.

 

Moçambique registou nas últimas 24 horas mais quatro casos positivos de COVID-19, elevando o número para 168.

Quatro novos casos positivos do novo coronavírus foram confirmados nas últimas 24 horas, elevando o número de infecções para 168. Dos novos quatro casos registados, dois são moçambicanos e outros dois são zambianos. Todos os novos casos são de transmissão local, tendo sido dectectados nas províncias de Sofala e Cabo Delgado.

Até este sábado, em Moçambique foram testados, cumulativamente, 7.947 casos suspeitos, dos quais 467 foram testados nas últimas 24 horas. Dos novos casos suspeitos testados, 463 revelaram-se negativos e quatro (4) casos, revelaram-se positivos, para COVID-19, segundo dados apresentados este sábado.

As amostras diagnosticadas positivas são provenientes das províncias de Sofala e Cabo Delgado.

Em termos de distribuição, mais de metade dos casos, em número de 90, estão na Província de Cabo Delgado, seguida da cidade de Maputo com 41, 20 na província de Maputo, 10 em Sofala, 3 em Inhambane, dois em Tete e um caso respectivamente em Gaza e Sofala. O Instituto Nacional de Saúde explica que os novos casos são das redes de contacto de casos anteriormente registados.

Há por outro lado o registo de mais três caos recuperados, perfazendo 51 pacientes considerados livres do vírus. Dos 168 casos positivos registados, 142 são de transmissão local e 26 importados.

 

 

 

O governador da província de Sofala, Lourenço Bulha, exortou, hoje, as Forças de Defesa e segurança a pautarem por acções pedagógicas de sensibilização no cumprimento das medidas de prevenção contra o novo coronavírus. Bulha quer que a PRM faça passar as mensagens de confinamento de forma proactiva, segundo o decreto do governo, por forma a se evitarem esforços adicionais nas ruas para impor o cumprimento das medidas.

"A COVID-19 ainda não tem vacina. Precisamos de observar com rigor as recomendações emanadas pelo governo, no combate a esta pandemia que é a prevenção. As forças de segurança devem envidar esforços para sensibilizar as populações. Fazer passar as mensagens de prevenção de forma proactiva. Uma acção pedagógica de sensibilização para que as pessoas possam acatar as mensagens segundo o decreto do governo, de modo que os contágios não cresçam de forma geométrica e nosso sistema de saúde entre em colapso como noutros países".

Bulha falava no bairro da Munhava, na cidade da Beira, na cerimónia de distribuição de bens alimentares, de higiene e máscaras que foram mobilizados pela Universidade Católica de Moçambique, para apoiar parte das famílias mais vulneráveis da Beira, um gesto que para o governador deve ser seguido por todos para manter os mais necessitados nas suas casas.

"Os números estão a subir. Gestos como este vão ajudar a manter as pessoas em casa que e neste momento a preocupação de todos nós. Temos que unir esforços para continuar a apoiar os mais necessitados".

O Reitor da Universidade Católica de Moçambique exortou igualmente a sociedade civil a manifestarem a sua solidariedade, por forma a evitar maiores contágios.

"Mesmo apesar de haver casos de coronavírus em Sofala, algumas medidas de prevenção continuam a serem ignoradas por um número considerável de pessoas. Uns por negligência e outros porque não tem alternativa de sobrevivência se permanecerem nas suas residências. Portanto temos que continuar firmes na sensibilização dos nossos concidadãos e por outro lado prestar apoios aos mais necessitados para que não se movimentem e assim o pais possa continuar com casos controláveis da doença", indicou Filipe Sungo, Reitor da UCM.

 

 

Mais de 4 mil pessoas das comunidades da Massaca, Mahanhane, Mahelane e Mafuane, no distrito de Boane, na província de Maputo, têm as suas condições de prevenção da Covid-19 reforçadas desde esta terça-feira.

Neste contexto, os residentes em causa receberam máscaras, material de desinfecção e foram sensibilizados sobre a importância do cumprimento das medidas de prevenção contra o novo coronavírus.

A campanha em causa visou sobretudo abranger  pessoas vulneráveis a contrair a doença como é o caso de doentes crónicos com HIV/SIDA, tuberculose bem como pessoas idosas. Trata-se de uma campanha liderada por um grupo de médicas nacionais de diversas áreas através do projecto denominado CLIC, em parceria com algumas organizações humanitárias e empresas com destaque para a Sociedade Água Vumba.

Os promotores da iniciativa dizem acreditar que a acção vai ajudar a conter a propagação do novo Coronavírus na província de Maputo, em particular. Por sua vez, os beneficiários que reconheceram a importância das medidas de prevenção, comprometem-se a cumprir com rigor todas recomendações das autoridades sobre o assunto.

 

 

O Brasil contabilizou pela primeira vez, esta quarta-feira, mais de mil mortos em 24 horas, num total de 1179 óbitos e e 19.951 infectados, o maior número diário registado desde o início da pandemia naquele país, informou o executivo.

No total, o país sul-americano totaliza 18.859 óbitos e 291.579 pessoas diagnosticadas com Covid-19, tornando-se no segundo país do mundo com o maior número de novos casos, apenas atrás dos Estados Unidos, segundo fontes oficiais.

Como se não bastasse essa crise, ainda ontem, e em menos de três meses depois de assumir funções, Regina Duarte demitiu-se da Secretaria da Cultura, sendo mais uma saída de cena no Governo de Jair Bolsonaro. A actriz que tinha a pasta da cultura e que entrou para o Executivo em Março deste ano, alega motivos pessoais.

Num vídeo partilhado ao lado da actriz, Bolsonaro negou qualquer problema com Regina Duarte, acusando a imprensa de tentar desestabilizar o executivo.

Regina Duarte tomou posse a 4 de Março e sai agora para ocupar a Direcção da Cinemateca Brasileira em São Paulo. Tudo foi já confirmado pelo próprio Presidente Jair Bolsonaro na rede social Twitter.

Em menos de um ano e meio, são já 12 as demissões no Governo de Bolsonaro.
Contudo, na semana passada, vários artistas brasileiros repudiaram publicamente declarações da Secretária de Cultura, Regina Duarte, por alegada “visão da ditadura e política cultural de Bolsonaro”.

Foram mais de 500 artistas brasileiros, incluindo Caetano Veloso e Chico Buarque, que assinaram um manifesto de repúdio às declarações de Regina Duarte, depois de ela minimizar as mortes pela pandemia e a tortura da ditadura militar.

Antes de Regina Duarte assumir a Secretaria de Cultura, a tutela foi entregue a Roberto Alvim, um encenador que tinha o apoio do Governo brasileiro, mas acabou demitido depois de citar parte de um discurso do ex-ministro nazi Joseph Goebbels em um vídeo criado para anunciar as regras de um prémio.

 

Foram hoje lançadas as celebrações do 57º aniversário da criação da Organização da Unidade Africana (OUA), hoje União Africana (UA). A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MINEC), Verónica Macamo, destacou a necessidade de uma luta conjunta para vencer a pandemia do novo Coronavírus e destacou que não faz mais sentido que o continente enfrente conflitos e guerras constantes.

 

A comemoração da efeméride [na segunda-feira, 25 de Maio corrente] ocorre num momento em que o mundo é assolado pela pandemia da COVID-19. Para Verónica Macamo, a situação “impossibilita-nos de desenvolver um leque de actividades culturais, desportivas e lúdicas que caracterizam a nossa tradição”.

Apesar das restrições impostas pela pandemia, os africamos devem celebrar a data “com gestos e mensagens de júbilo”, que inspirem para a continuação da “edificação de uma África cada vez mais unida, forte e capaz de superar os seus prementes desafios no quadro da consolidação da paz e do desenvolvimento económico, nacional regional e continental”.

O desiderato de uma África pretendida pelos respectivos povos deve ser seguido, reflectindo sobre a importância do “bem-estar para todos”.

Este ano, o Dia da União Africana a decorre sob o lema “O Silenciar das Armas: Criando Condições Favoráveis para o Desenvolvimento de África”.

Segundo a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, o calar das armas é “uma das condições fundamentais para alavancar o desenvolvimento de África” e tal só é possível num mundo livre da violência armada, da migração clandestina, do terrorismo e das crises ambientais.

Ainda sobre o terrorismo [na província de Cabo Delgado], a governante agradeceu a solidariedade dos países irmãos ao Governo moçambicano na luta contra esse fenómeno.

A OUA foi criada a 25 de Maio de 1963, em Adis Abeba, na Etiópia, por iniciativa do imperador etíope Haile Selassie, por via de uma Constituição assinada por representantes de 32 governos de países africanos independentes, para enfrentar o colonialismo e o neocolonialismo. Mais tarde, a OUA foi substituída pela UA, a 09 de Julho de 2002.

Volvidos 57 anos deste organismo, prevalece o desafio de ultrapassar diferentes conflitos, dos quais políticos e/ou político-militar, na sua maioria derivados do processo eleitoral. A guerra é outro problema, o que é uma das razões do estágio que o continente se encontra nos dias que correm.

O lançamento das celebrações do Dia da UA aconteceu na presença de grupo de embaixadores e altos-comissários africanos.  

O Professor Antoine Kola Masala Ne Beby, Embaixador da República Democrática do Congo e Decano do Corpo Diplomático Africano acreditado em Moçambique, enfatizou que o dia deve servir para reflectir sobre as aspirações das pessoas de se libertarem do jugo colonial e do neocolonialismo.

“Devemos aumentar a sensibilização política e consciencialização em todo o mundo sobre o estado das coisas em África e a ambição do seu povo de se libertar economicamente”, afirmou Masala Ne Beby, destacando igualmente que se deve lembrar do que os formadores da OUA, mais tarde UA, pretendiam com a organização, como por exemplo: a promoção da unidade e solidariedade dos estados africanos.

Para Masala Ne Beby, o lema “O Silenciar das Armas: Criando Condições Favoráveis para o Desenvolvimento de África” reaviva a aspiração dos líderes africamos em 2013: “Acaba com a guerra e impedir o genocídio no continente”.  

 

 

 

 

10 dias depois da confirmação do primeiro caso de um infectado por Coronavírus em Inhambane, as autoridades de saúde ainda não tem pistas de onde o indivíduo teria sido contaminado.

Segundo o director Províncial de Saúde em Inhambane Naftal Mathusse, foram levantadas várias linhas de investigação, que começavam nas viagens mais frequentes deste. Aliás, a última viagem feita pelo indivíduo 1 foi a 23 de Março em que saiu da Cidade de Maputo até a Cidade de Inhambane e pelo tempo que levou desde a última viagem até a confirmação da infecção, esta não pode ser a origem da contaminação.

O indivíduo 1 teria ido a unidade sanitária com tosse em Abril passado, e essa foi também outra linha de investigação. 

Foram rastreados todos contactos do indivíduo antes da ida ao hospital para apurar a fonte da contaminação, mas também não foi possível identificar.

Com todas informações coletadas, as autoridades de saúde afirmam ser quase certo que o indivíduo 1 foi contaminado na Cidade de Inhambane, faltando ainda identificar a fonte dessa contaminação.

Foram feitas análises de amostras de vários contactos deste indivíduo que entretanto apenas 1 positivo. São mais de 50 pessoas rastreadas desde contactos do indivíduo 1, bem como os contactos de outras pessoas com quem o indivíduo 1 esteve e todas deram negativo, com excepção de uma criança de 5 anos de idade que é um contacto directo do indivíduo 1.

As autoridades não descartam a hipótese de ser esta criança que contaminou o indivíduo 1, bem como ter sido o contrário.

Relativamente à jovem de Zavala, parte das 37 amostras colhidas de pessoas com quem a jovem manteve contacto deram negativo para o Coronavírus. As outras amostras enviadas para o Instituto Nacional de Saúde, em Maputo aguardam ainda o resultado.

 

Decorrem hoje eleições presidenciais no Burundi em meio a pandemia da COVID-19. Estas eleições marcam fim dos 15 anos do poder do presidente Pierre Nkurunziza.

Mesmo com ameaças sérias da propagação da COVID-19, que já infectou 42 pessoas e causou uma vítima mortal, o povo do Burundi foi desafiado a ir às urnas esta quarta-feira para eleger um novo presidente, para o país com 11 milhões de pessoas. Desta vez, as eleições não contam com o presidente cessante Pierre Nkurunziza, que esteve no poder por 15 anos, que concorreu ao polémico terceiro mandato em 2015, que resultou em protestos mortíferos.

Os candidatos principais são Evariste Ndayishimiye, do partido no poder, e Agathon Rwasa, o principal líder da oposição. Agathon, um opositor histórico, alertou dias antes sobre a possibilidade de haver fraudes eleitoras, uma vez que há poucos observadores eleitorais internacionais devido à pandemia da COVID-19.

A Comissão Eleitoral apela aos eleitores a votar e rapidamente regressar às suas casas. Espera-se que estas eleições marquem a primeira transição pacífica do poder democrático em 58 anos de independência do Burundi.

 

Subiu de 146 para 156, o número de casos positivos da COVID-19 no país, de terça-feira para quarta-feira. Entre os infectados, há uma criança e dois adolescentes.

É caso para dizer que a pandemia da COVID-19 está a ganhar terreno a cada dia que passa em Moçambique. Está a propaga-se rápido, não escolhe cor da pele, sexo, nem idade. Ainda assim, a doença é ignorada por muitas pessoas e desconhecida por outras. De terça para quarta-feira, o país atingiu o terceiro maior pico de novas infecções, com registo de 10 casos positivos.

Por não ter dó, nem piedade, a doença até está a atingir muitas crianças e alguns adolescentes em algumas províncias do país, diga-se, inocentes e que ainda, se calhar, nem perceberam o real perigo desta doença.

“Na cidade de Maputo, temos um indivíduo do sexo masculino, na faixa etária entre 25-34 anos de idade que é resultado do controlo do caso regressado de Afungi; Na Província de Maputo, cidade da Matola, temos seis indivíduos, sendo quatro do sexo masculino e dois do sexo feminino.

Destes, um é menor de 5 anos de idade, um está na faixa etária de 5-14 anos, um na faixa etária de 15-24 anos, dois na faixa etária de 25-34 anos e um na faixa etária de 35-44 anos de idade”, referiu a Directora Nacional de Saúde Pública, Rosa Marlene, durante a habitual conferência de imprensa do Ministério da Saúde que actualiza os dados da COVID-19.  

Já no distrito de Boane, as autoridades da saúde registaram, de terça para quarta-feira, um caso positivo da doença. Trata-se de um indivíduo do sexo masculino, na faixa etária de 25-34 anos de idade. E na província de Maputo, foi registado um caso de COVID-19 de uma pessoa do sexo feminino, na faixa etária de 25-34 anos de idade.

Por fim, na província de Gaza, cidade de Xai-Xai, há um indivíduo do sexo feminino com o novo Coronavírus, na faixa etária de 45-59 anos de idade.

Importa lembrar que passam 60 dias e um total de 156 pessoas já testaram positivo para COVID-19 no país e até aqui, apenas 48 é que ficaram totalmente recuperadas. 

Há quem pense que a doença ainda não bateu a sua porta, mas como ter a certeza, se para alguns os sintomas são visíveis e para outros não.

“Sobre os casos novos hoje (quarta-feira) reportados, queremos partilhar que temos dez indivíduos de nacionalidade moçambicana dos quais, nove com sintomatologia leve a moderada e um sem sintomas”, disse a Directora Nacional de Saúde Pública.

De caso em caso, a doença já é hoje uma epidemia no país por possuir cadeias de contaminação em algumas das 8 províncias que já registaram infecções. 

Segundo o Ministério da Saúde, Cabo Delgado lidera a lista de casos positivos já registados no país com 85, segue a Cidade de Maputo com 38, depois vem a Província de Maputo com 20 casos, Sofala já tem 8, Inhambane conta com 2 e por fim, Tete, Manica e Gaza juntam-se ao grupo com 1 caso cada.

Dos casos positivos da COVID-19 registados no país, actualmente, o país conta com 122 de transmissão local e 34 importados.

No continente africano, em termos de óbitos, há registo de um número cumulativo de 2.912 óbitos da COVID-19, dos quais 78 de terça-feira para quarta-feira. E em termos de recuperados, segundo dados revelados pelo Ministério da Saúde moçambicano nesta quarta-feira, África tem 35.808 pessoas, das quais, 1.945 de quarta à quinta-feira.

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