O Brasil contabilizou pela primeira vez, esta quarta-feira, mais de mil mortos em 24 horas, num total de 1179 óbitos e e 19.951 infectados, o maior número diário registado desde o início da pandemia naquele país, informou o executivo.
No total, o país sul-americano totaliza 18.859 óbitos e 291.579 pessoas diagnosticadas com Covid-19, tornando-se no segundo país do mundo com o maior número de novos casos, apenas atrás dos Estados Unidos, segundo fontes oficiais.
Como se não bastasse essa crise, ainda ontem, e em menos de três meses depois de assumir funções, Regina Duarte demitiu-se da Secretaria da Cultura, sendo mais uma saída de cena no Governo de Jair Bolsonaro. A actriz que tinha a pasta da cultura e que entrou para o Executivo em Março deste ano, alega motivos pessoais.
Num vídeo partilhado ao lado da actriz, Bolsonaro negou qualquer problema com Regina Duarte, acusando a imprensa de tentar desestabilizar o executivo.
Regina Duarte tomou posse a 4 de Março e sai agora para ocupar a Direcção da Cinemateca Brasileira em São Paulo. Tudo foi já confirmado pelo próprio Presidente Jair Bolsonaro na rede social Twitter.
Em menos de um ano e meio, são já 12 as demissões no Governo de Bolsonaro.
Contudo, na semana passada, vários artistas brasileiros repudiaram publicamente declarações da Secretária de Cultura, Regina Duarte, por alegada “visão da ditadura e política cultural de Bolsonaro”.
Foram mais de 500 artistas brasileiros, incluindo Caetano Veloso e Chico Buarque, que assinaram um manifesto de repúdio às declarações de Regina Duarte, depois de ela minimizar as mortes pela pandemia e a tortura da ditadura militar.
Antes de Regina Duarte assumir a Secretaria de Cultura, a tutela foi entregue a Roberto Alvim, um encenador que tinha o apoio do Governo brasileiro, mas acabou demitido depois de citar parte de um discurso do ex-ministro nazi Joseph Goebbels em um vídeo criado para anunciar as regras de um prémio.