Decorrem hoje eleições presidenciais no Burundi em meio a pandemia da COVID-19. Estas eleições marcam fim dos 15 anos do poder do presidente Pierre Nkurunziza.
Mesmo com ameaças sérias da propagação da COVID-19, que já infectou 42 pessoas e causou uma vítima mortal, o povo do Burundi foi desafiado a ir às urnas esta quarta-feira para eleger um novo presidente, para o país com 11 milhões de pessoas. Desta vez, as eleições não contam com o presidente cessante Pierre Nkurunziza, que esteve no poder por 15 anos, que concorreu ao polémico terceiro mandato em 2015, que resultou em protestos mortíferos.
Os candidatos principais são Evariste Ndayishimiye, do partido no poder, e Agathon Rwasa, o principal líder da oposição. Agathon, um opositor histórico, alertou dias antes sobre a possibilidade de haver fraudes eleitoras, uma vez que há poucos observadores eleitorais internacionais devido à pandemia da COVID-19.
A Comissão Eleitoral apela aos eleitores a votar e rapidamente regressar às suas casas. Espera-se que estas eleições marquem a primeira transição pacífica do poder democrático em 58 anos de independência do Burundi.