O País – A verdade como notícia

Um homem de 66 anos de idade por morreu vítima da COVID-19, esta quinta-feira, na cidade de Maputo, que soma 49 óbitos num total de 69 no país. O Ministério da Saúde anunciou também mais 260 pessoas recuperadas da doença. Contudo, outras 103 estão infectadas.

O paciente que morreu estava internado num hospital da cidade de Maputo. Foi submetido ao teste para a COVID-19 e recebeu diagnóstico positivo no dia 07 de Outubro em curso.

Relativamente às 260 pessoas que venceram o Coronavírus, o Ministério da Saúde diz, em comunicado enviado ao “O País”, que 215 são da cidade de Maputo, 42 da Zambézia e três de Inhambane.

“Actualmente, 7.171 (73.6%) indivíduos previamente infectados pelo novo Coronavírus estão totalmente recuperados da doença”, diz a instituição.

Dos 1.703 casos suspeitos e submetidos a testes, 103 foram positivos para COVID-19.

“Assim, o país tem cumulativamente 9.742 casos positivos registados, dos quais 9.443 são de transmissão local e 299 importados”, refere o comunicado, ajuntando que, neste momento, há 2.498 pessoas ainda com COVID-19.

A província da Zambézia regista 63 casos positivos da COVID-19, de um total 145 hoje reportados pelo Ministério da Saúde, seguida pela cidade de Maputo, com 38. Dos 145 novos pacientes, 143 são moçambicanos e dois estrangeiros, de nacionalidade norte-americana.

Assim, Moçambique soma 9.639 casos positivos do novo Coronavírus já diagnosticados desde a eclosão da doença, em Março último. Dos mesmos pacientes, na sua maioria já recuperados, 9.340 são de transmissão local e 299 importados.

O Ministério da Saúde anunciou igualmente mais 99 pessoas recuperadas do novo Coronavírus nas últimas 24 horas, elevando assim o cumulativo para 6.911.

As 99 pessoas recuperadas da COVID-19 são das províncias de Maputo (34), Tete (21), Sofala (22), cidade de Maputo (08), Gaza (08) e Inhambane (06).

Dos pacientes livres da COVID-19, 98 são moçambicanos e um estrangeiro, de nacionalidade zimbabweana.

Nos centros de isolamento para pessoas com COVID-19 ainda permanecem 42 pacientes a lutarem pela vida, dos 266 já registados desde o diagnóstico do vírus no país.

De acordo com as autoridades sanitárias, maior parte destes pacientes encontra-se na cidade de Maputo. Todos eles “padecem de patologias crónicas diversas, sendo as mais frequentes as diabetes e a hipertensão arterial”.

Neste momento, o país tem 2.656 casos activos da COVID-19.

O Tribunal Superior de Justiça de Madrid anulou, esta quinta-feira, as restrições à mobilidade impostas em Madrid pelo Governo de Espanha, avança o El País. As medidas, que afectavam a capital e outros nove municípios da comunidade, tinham sido tomadas pelo Ministério da Saúde de forma a tentar conter a propagação do novo Coronavírus no país.

As restrições afectam os “direitos e as liberdades fundamentais” dos cidadãos, segundo escreve o Notícias ao Minuto, acrescentando que as regras entraram em vigor há uma semana.

A decisão vem dar razão ao executivo da região de Madrid que implementou, contrariado, as medidas impostas pelo Governo central.

Em Espanha, as autoridades regionais têm competência exclusiva em matéria de saúde e o Governo central não tem o poder de lhes determinar as suas decisões em matéria de saúde.

O Ministério da Saúde espanhol reportou, esta quarta-feira, um acréscimo de 10.491 casos de contágio ao balanço total, sendo que 5.075 casos foram registados nas últimas 24 horas, o maior registo diário desde 09 de Abril (5.756). O número revelado é, porém, uma descida em relação ao dia anterior, em que foram notificados 11.998 novos contágios, diz o Notícias ao Minuto.

Madrid continua a reunir o maior número de novos casos de infecção, com 2.853 novos casos nas últimas 24 horas (também uma descida em relação ao dia anterior, quando se notificaram 5.187 casos).

O Serviço Nacional de Migração (SENAMI) afirma não ter conhecimento sobre supostos testes falsos da COVID-19 para a travessia em fronteiras. Sobre questões sanitárias, o SENAMI lança responsabilidades ao sector da saúde.

Embora seja a instituição que tem como uma das principais responsabilidades do controlo migratório através das fronteiras nacionais, o SENAMI afirma não ter conhecimento sobre a suposta circulação de testes falsos da COVID-19 para viagens no exterior. O SENAMI lança responsabilidades sobre questões sanitárias ao sector que lida com a área.

O porta-voz, Celestino Matsinhe, que falava esta quinta-feira em conferência de imprensa, disse aos jornalistas que a instituição de que faz parte “trata apenas de questões migratórias”, longe dos aspectos sanitários.

“Para questões da COVID-19 ou de qualquer outra doença estão (nos postos fronteiriços) equipas da saúde. O SENAMI cuida apenas do movimento migratório”, declarou.

Nesta quinta-feira, 07 dias passaram desde a reabertura das fronteiras sul-africanas. Em Ressano Garcia, o SENAMI já registou mais de 5 mil viajantes, entre os que entraram e saíram.

De acordo com os dados, neste período houve 5.185 viajantes, dos quais 2.376 entrados e 2.809 saídos, contra 3.052 da semana anterior. Os dados apontam ainda, que do global, 1.246 são nacionais e 1.130 estrangeiros, bem como houve registo de quatro cidadãos estrangeiros que viram rejeitada a pretensão de entrada ao país.

“Dois são de nacionalidade sul-africana, um zimbabueana, e um de nacionalidade ugandesa”, revelou o porta-voz do SENAMI, tendo informado que a razão foi a não apresentação de visto de trabalho, conforme pretendiam.

Ainda esta quinta-feira, o SENAMI anunciou à imprensa que já isentou multas aos requerentes de documentos que tenham efectuado a marcação para o atendimento antes de 30 Setembro. Como o SENAMI reiterou, é mesmo apenas aos que fizeram o uso de marcação antecipada através do serviço “online” lançado no mês passado. Todos terão a devolução do valor das multas.

 

O Governo angolano vai criar dois regimes de testagem a partir de sexta-feira, consoante sejam realizados por iniciativa própria, que passam a ser comparticipados, ou por iniciativa das autoridades de saúde, que continuam gratuitos.

O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, que apresentou as novas regras da situação de calamidade que vão vigorar a partir de sexta-feira e até 07 de Novembro.

“Os testes por iniciativa própria, que sejam realizados em institutos públicos passam a ser comparticipados”, indicou o governante, acrescentando que os que são realizados por iniciativa das autoridades sanitárias continuam a ser gratuitos, segundo o Notícias ao Minuto.

O novo diploma, que passará a vigorar às 23h59 de 08 de Outubro, contempla também alterações para a força de trabalho, que em Luanda era de 50% e passa a ser de 75%, e clarifica regras para a retoma gradual das aulas presenciais.

As regras consagram o distanciamento físico mínimo de um metro e meio entre alunos e professores, dispensa de atividade letiva presencial para alunos e professores particularmente vulneráveis e o uso de máscaras, refere a fonte que temos vindo a citar.

Mais 454 pessoas estão livres da COVID-19 em Moçambique. Este é o maior número desde sempre, anunciado pelo Ministério da Saúde, em 24 horas. Entretanto, houve mais uma morte devido à doença.

Sobre a 68ª vítima, o Ministério da Saúde disse que se trata de um cidadão moçambicano, de 78 anos de idade, da cidade de Maputo, onde estava internado. De acordo com a instituição, o paciente ficou a saber que estava infectado o dia 03 Outubro e a sua morte foi declarada esta terça-feira.

Assim, Moçambique soma 68 óbitos, 48 dos quais na cidade de Maputo.

No que diz respeito aos recuperados, 299 são da cidade de Maputo, 70 da província com o mesmo nome, 44 de Tete, 24 da Zambézia, 10 de Manica e sete de Inhambane. Destes pacientes, 452 são de nacionalidade moçambicana e dois estrangeiros.

Actualmente, o país conta com 6.812 indivíduos recuperados da doença, lê-se no comunicado do Ministério da Saúde, enviado ao “O País”.

A instituição fez saber ainda que há um cumulativo de 261 indivíduos internados, dos quais 43 ainda lutam pela vida nos centros de isolamento para pessoas com COVID-19 e em outros hospitais.

INFECTADOS PELO CORONAVÍRUS

As autoridades sanitárias nacionais realizaram 1.080 testes da COVID-19, nas últimas 24 horas, tendo 96 pessoas acusado positivo.
Todos os 96 casos são indivíduos de nacionalidade moçambicana. Destes, 94 infecções resultam de transmissão local e duas são importadas.

Dos 96 pacientes, 55.2% são do sexo masculino e 44.8% são do sexo feminino.

A cidade de Maputo registou o maior número de pessoas infectadas (58), correspondendo a 60.4% do total dos casos reportados esta quarta-feira em todo o país, seguida pela província da Zambézia, com 11 casos (11.5%).

Moçambique tem, cumulativamente, 9.494 casos positivos registados desde Março, dos quais 9.196 de transmissão local e 298 importados.

O Instituo Nacional de Saúde (INS) vai realizar pesquisas com recurso a plantas nativas para controlar e curar a COVID-19. O estudo, cuja data de início ainda não está definida, será feito, também, com base nas bactérias existentes no organismo humano.

Ainda não foram identificadas as plantas para a pesquisa, mas entre elas consta a moringa, cujos estudos sobre a mesma já iniciaram e estão a cargo de outras organizações.

Nas plantas, será avaliada a sua toxidade e a concentração de substâncias que permitem ou não serem administradas no organismo humano, sem causar danos à saúde.

Depois deste processo, serão feitos experimentos para analisar o potencial anti-inflamatório e compará-los com os medicamentos convencionais usados para controlar a inflamação causada pela COVID-19. A pesquisa vai apurar, também, de que forma as plantas podem tornar o organismo imune e destruir as células infectadas pelo vírus da SARS-COV-2.

“E depois disso, vamos ver se usamos essas plantas em substituição dos fármacos que usamos convencionalmente”, disse Raquel Matavele, pesquisadora do INS e vencedora do prémio da UNESCO para mulheres cientistas. O prémio foi de 50 mil dólares que serão usados na pesquisa.

A investigadora faz parte do grupo de 15 mulheres investigadoras do continente africano e da região da Ásia-Pacífico que foram laureadas.

Ademais, segundo a pesquisadora, será feito um estudo em microbiotas –bactérias que vivem no corpo humano – para aferir se o seu perfil pode estar associado ao desenvolvimento da COVID-19 ou à cura da doença.

“Queremos entender melhor” por que razão alguns “indivíduos desenvolvem a doença e outros não. Então, vamos medir o que chamamos de bio marcadores de evolução para doença”, explicou Raquel Matavele, para quem, este processo permite medir o grupo de células, cuja função principal é evitar a inflamação acentuada.

“Uma vez identificado o perfil” das células “podemos usá-lo, de formas diferentes, para o diagnóstico” da enfermidade. Pesquisadora esclarece que nos termos que se pretende desenvolver a pesquisa, há possibilidade de se fazer transplante de células de um indivíduo saudável num doente.

Para iniciar o estudo, o INS aguarda a aprovação ética e a padronização dos experimentos.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA REAGE À PREMIAÇÃO DE RAQUEL MATAVELE

A propósito da distinção da pesquisadora afecta ao INS, o Presidente da República, Filipe Nyusi, disse: “o projecto que lhe valeu a distinção entre candidatas de mais de 60 países de África e da região da Ásia-Pacífico investiga potenciais tratamentos da COVID-19 em populações residentes nas zonas tropicais de África, por via da avaliação do potencial de algumas plantas nativas para controlar a resposta inflamatória que ocorre em casos graves da infecção provocada pelo novo Coronavírus”.

O prémio é atribuído numa altura em que o país regista um grande aumento de casos da COVID-19. Assim, o Chefe de Estado reiterou o apelo a todos para o cumprimento rigoroso das medidas de prevenção da pandemia.

A empresa Aeroportos de Moçambique assumiu, hoje, ter registado, até ao momento, prejuízos em cerca de 24 milhões de dólares, devido aos impactos da pandemia do Coronavírus. A empresa garante estar a trabalhar para receber certificação internacional em saúde, de modo a receber mais voos

COVID-19 e os seus impactos continuam a marcar os diversos sectores e a arrasar as contas em diversas empresas. A empresa Aeroportos de Moçambique (ADM) diz ter registado até Setembro passado cerca de 24 milhões de dólares em prejuízos, devido à pandemia.

Conquanto, apesar de, por um lado, somarem-se prejuízos, por outro cresce a perspectiva da retoma dos voos em larga escala. E para isso, é necessário que os aeroportos estejam preparados e haja condições sanitárias mais adequadas contra o Coronavírus.

“Temos procurado implementar todas medidas que foram anunciadas pela autoridade reguladora da aviação civil, para garantir que tenhamos a certificação como um aeroporto seguro, em termos de contaminação da COVID-19. O processo já começou e esperamos que dentro de um, ou mês e meio, tenhamos essa certificação”, revelou o PCA da ADM.

Nesta fase, para a retoma gradual de voos internacionais, já foram seleccionados alguns países que têm reciprocidade com Moçambique. A título de exemplo estão a Etiópia, África do Sul, Portugal, Qatar e Turquia. “Foram alguns desses países que foram seleccionados para essa fase, e que há um número de frequências que está permitida sendo que, ao longo do processo, vão aumentando o que poderá fazer com que as companhias aéreas possam fazer mais voos por semana, para além dos actuais dois voos”, avançou Chaves.

O partido no poder iniciou ontem uma campanha de sensibilização sobre a importância da prevenção da COVID-19. A Frelimo argumenta que é preciso continuar a sensibilizar, porquanto sancionar não é o único caminho para consciencializar as pessoas.

O Bairro 25 de Junho, na cidade de Maputo, foi o ponto de partida dos encontros que a Frelimo quer manter com todos os residentes da capital do país.

Na reunião que manteve, em separado, com residentes deste bairro, membros da Associação dos Médicos Tradicionais e comités locais de saúde, o primeiro secretário desta formação política defende que “não são todas as pessoas que têm acesso à informação”, daí que é preciso continuar a sensibilizar.

“Precisamos de continuar a falar com a população e achamos que pouco a pouco as pessoas vão percebendo”, disse Rasaque Manhique, acrescentando que “acreditamos que em alguns casos é mesmo por desconhecimento, não é na sua essência por falta de responsabilidade”.

O político defende também que as pessoas devem tomar com seriedade o perigo que a COVID-19 representa, tendo em conta o número de infectados cada vez crescente e as mortes por causa desta doença.

“O apelo é no sentido de que as pessoas continuem a desenvolver as suas actividades não estando próximas. As pessoas não estão a perceber o que é isso de estabelecer o distanciamento. Distanciamento é, por outras palavras, não estarem próximas. Não ficarem perto-perto”, disse, visivelmente agastado com os que violam as medidas de prevenção estabelecidas pelas autoridades.

“O uso da máscara: nós não vamos inventar outras palavras. Temos que chamar as coisas pelos seus respectivos nomes. Devemos usar a máscara”.

O plano de sensibilização deverá abranger 64 bairros da cidade de Maputo. Além de encontros nos bairros, Manhique deverá também visitar mercados. Aliás, ontem, depois do bairro 25 de Junho, visitou o mercado grossista do Zimpeto, ainda na capital.

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