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Chiquinho Conde promete garra no CHAN da Argélia

Foto: FMF

O sorteio da fase final do CHAN 2023 já foi realizado, e os Mambas já conhecem os seus adversários. Trata-se da anfitriã Argélia e dos conjuntos do Mali e Líbia.

O seleccionador nacional de futebol, Chiquinho Conde, diz que o grupo não é fácil, como alguns consideram, tendo em conta o histórico de cada uma das selecções.

“Em relação ao sorteio que terminou há dias, apraz-me dizer que calhámos num grupo, para alguns, teoricamente acessível, precisamente por causa dos nomes dos países, mas esquecemos, muitas vezes, que esses mesmos países já participaram no CAN, falo, em particular, da Líbia, que já ganhou este troféu do CHAN, em 2014, e esteve nas meias-finais de um dos CHAN”, começou por dizer Chiquinho Conde.

E por falar da Líbia, que foi um dos participantes do Torneio Internacional de Nouakchott, na Mauritânia, Chiquinho Conde diz que teve oportunidade de analisar a selecção, mas “vamos continuar a observar este adversário, que é o nosso segundo adversário”.

Mas não é só a Líbia que preocupa o seleccionador nacional. A Argélia é um candidato nato, segundo Chiquinho Conde. Ainda assim, “nós vamos disputar com humildade, como sempre fazemos, o que é apanágio deste grupo, sempre a respeitar os nossos adversários e trabalhar arduamente para analisarmos, também, algumas incidências do comportamento técnico-táctico das equipas que militam no nosso grupo”.

Quanto à Etiópia, “vamos primeiro capitalizar todos os nossos esforços para analisar e trabalhar sobre a selecção da Etiópia, porque o primeiro jogo é sempre importante”, segundo o seleccionador nacional.

Mas mais importante de tudo, para Chiquinho Conde, é “nós arquitectarmos a nossa preparação, para que atempadamente tenhamos todas as condições para prepararmos e trabalharmos fundamentalmente as nossas ideias e depois trabalharmos pelas ideias dos pontos fracos e os pontos fortes dos nossos adversários”.

 

JOGADORES DA CAMPANHA LEVAM VANTAGEM NA CONVOCATÓRIA

Relativamente à possibilidade de escolha de jogadores para integrarem a selecção nacional no CHAN 2023, Chiquinho Conde não prefere fazer mais magias. Reconhece que o “futebol é o momento”, mas também assume que já tem a “espinha dorsal”, que “parte fundamentalmente do grupo que esteve connosco desde o início da nossa caminhada”.

Está ciente dos cenários que podem contribuir para que alguns jogadores não estejam presentes na fase final, como é o caso do mercado de transferências de Dezembro, que pode condicionar a ida de alguns jogadores, tal como aconteceu com Edmilson. Conde espera que “não saia nenhum jogador”.

Outrossim, é a condição física durante a prova. “Veremos, durante a competição, quem estará em melhores condições, e espero que ninguém se lesione, para que todos possam jogar e estar presentes neste torneio, porque o mérito foi de todos aqueles que participaram anteriormente no grupo”.

E esses, segundo Conde, “partem na polo position, mas há sempre espaço e abertura para a entrada de qualquer jogador “que seja moçambicano e esteja a jogar no futebol local”.

 

QUALIFICAÇÃO FEITA COM MÉRITO

Para já, chegar à fase final do CHAN 2023, uma competição reservada a jogadores que actuam internamente nos campeonatos locais não deve ser vista como surpresa, mas como resultado de trabalho árduo que é levado a cabo pela equipa técnica e pelos jogadores.

Esta é a convicção de Chiquinho Conde, que diz que “chegámos a esse patamar com muito mérito. Aliás, há princípios que regem os Mambas e que ditaram este sucesso e o slogan ‘se não der para ganhar também não dá para perder’ está intrínseco no grupo, faz parte do nosso ADN e como deve calcular vai continuar”, disse Conde.

Entretanto, “é preciso caminharmos um pouco mais sobre o patamar que já conseguimos alcançar, e isso só se consegue com trabalho, com humildade, com respeito pelos nossos adversários, sabendo, de antemão, que há uma expectativa muito grande, obviamente, mas tudo depende também daquele que vai ser a nossa performance”, concluiu Chiquinho Conde.

A fase final do CHAN da Argélia terá lugar em Janeiro do próximo ano, com a presença de Moçambique e mais 17 melhores selecções africanas.

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