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Afrobasket 2023: Moçambique e Angola lutam por uma vaga

Foto: Lance Moz

Moçambique e Angola vão lutar, na tarde de amanhã, por uma vaga no Afrobasket 2023, cuja fase final vai ser no Ruanda. As duas selecções vão jogar a final da Zona VI, prova que decorre em Bulawayo, Zimbabwe. Por sua vez, a selecção nacional sénior masculina vai, também, disputar a final de acesso ao AfroCAN diante do Zimbabwe.

Como já se antevia, Moçambique e Angola são as duas selecções que garantiram a presença na final de acesso ao Afrobasket, ao suplantarem os seus adversários ao longo da prova que decorre em Bulawayo.

Os dois conjuntos, por sinal com uma rivalidade histórica, vão, na tarde desta terça-feira, aplicar-se a fundo, de modo a conseguirem alcançar os seus objectivos, que passam por marcar presença na mais prestigiada prova africana ao nível de selecções.

Moçambique parte para a final com os níveis de confiança elevados, tendo em conta que fez um brilharete nesta prova, sobretudo pelo facto de ter vencido duas vezes a selecção angolana, por 74-52 e 74-73, respectivamente. O combinado nacional e Angola foram superiores ao anfitrião Zimbabwe e a Zâmbia, tendo vencido as partidas contra as duas selecções.

A selecção nacional terminou a primeira volta do Torneio da Zona VI de qualificação para o Afrobasket de Ruanda invicta, fechando com uma vitória sobre a anfitriã Zimbabwe por 95-43, garantindo a sua terceira vitória consecutiva da competição.

Nessa partida, as “Samurais” foram a melhor equipa e logo no primeiro quarto saíram a vencer por 19-7. No segundo quarto, a equipa do Carlos Aik foram mais eficazes, tendo apontado 27 pontos contra 15 da equipa da casa, saindo ao intervalo com uma vantagem de 24 pontos (46-22).

No terceiro quarto, Moçambique apostou no jogo exterior, o que concorreu para que apontasse 29 pontos contra nove do Zimbabwe, fixando uma diferença de 44 (75-31).

No último quarto, as “samurais” voltaram a ser superiores, marcando mais 20 pontos contra 12 o seu adversário, fixando o resultado final em 95-43. Nessa partida, o destaque foi para Shelsea Chiziane, que apontou com 14 pontos, dois ressaltos e uma assistência. Na outra partida o mais directo adversário da selecção nacional (Angola) venceu a Zâmbia por 92-61.

 

Ainda na primeira volta da competição, Moçambique atingiu a chapa “100”, ao vencer a Zâmbia, por 103-44, numa partida em que o combinado nacional mostrou a sua superioridade em termos técnicos e tácticos. A selecção nacional somou, diante da Zâmbia, a sua segunda vitória na prova.

Apesar do favoritismo das “samurais”, tendo em conta que venceram os dois jogos, a Angola revelou-se uma selecção com muitos argumentos, facto que faz com que se anteveja uma partida muito renhida entre os dois conjuntos.

Carlos Aik tem sido um treinador calculista nesta competição, mormente nas duas partidas contra a Angola, onde abordou o jogo com muita cautela, mostrando sinais de que estudou bem o adversário.

Na partida desta terça-feira Moçambique e Angola vão defrontar-se pela terceira vez nesta prova, com a vantagem, como já o dissemos, para o conjunto moçambicano.

 

10 ANOS DEPOIS: MAIS UMA FINAL

Moçambique e Angola voltam a defrontar-se numa final 10 anos depois. Em 2013 as duas selecções disputaram uma final no Pavilhão do Maxaquene, desta feita para o campeonato africana. A selecção angola venceu a final, por 64-61.

Nessa final, as duas seleções chegaram ao fim do tempo regulamentar empatadas 54-54, mas a formação angolana acabou por ser mais forte no prolongamento, reconquistando o título que já lhe pertencia desde 2011.

Do conjunto que vai disputar a final desta terça-feira, destacam-se três sobreviventes, no caso Anabela Cossa, Odélia Mafanela e Cecília Henriques. O destaque vai também para Deolinda Ngulela, uma das treinadoras adjuntas de Carlos Aik. Em relação a Angola, apenas uma jogadora continua na selecção.

 

SELECÇÃO MASCULINA DISPUTA O ACESSO AO AFROCAN

A selecção sénior masculina de basquetebol vai defrontar o Zimbabwe na final da fase de qualificação para o AfroCAN, prova destinada aos jogadores que actuam no campeonato interno. Para chegar à final, o combinado nacional derrotou a selecção o país anfitrião (Zimbabwe), por 66-53.

Moçambique vai lutar pelo acesso ao AfroCAN, prova na qual nunca marcou presença. A selecção nacional traçou o caminhou para final vencendo o Zimbabwe, curiosamente o conjunto com o qual vai jogar para garantir um lugar na fase final. À entrada da partida contra o combinado nacional, o Zimbabwe ainda não tinha perdido um jogo sequer.

Ciente de que um possível desaire colocava Moçambique fora da corrida ao AfroCAN, Milagre Macome montou uma equipa forte, com os jogadores a fizerem um primeiro quarto equilibrado, tendo saído a vencer por 22-21.

No segundo quarto, Moçambique condicionou o seu adversário, sobretudo ofensivamente, tendo feito apenas 11 pontos. Com parcial de 18-11, foi-se ao intervalo com 40-32, a favor do combinado nacional.

No terceiro, Moçambique baixou de produção, concretizando apenas nove pontos. O Zimbabwe foi em busca do resultado, tendo feito 17 pontos. O terceiro período terminou com um empate, 49-49.

No último quarto, Moçambique superiorizou-se perante o seu adversário. Forte defensivamente, obrigou-o a cometer “turn overs”. Baggio Chimonzo liderou os processos. Certeiro no jogo exterior, ajudou a selecção a fazer um parcial de 17-4. No fim, o “placard” indicava 66-53. Vitória importante para Moçambique que vai à negra, esta terça-feira, novamente com Zimbabwe, em busca da qualificação para o AfroCAN.

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