Mais da metade dos cerca de dois mil casos de cancro da mama registados em 2020 eram novos, segundo o director do Serviço de Oncologia do Hospital Central de Maputo, Satish Tulsidás. Prevenir, vigiar e acarinhar foi a mensagem transmitida durante o evento virtual promovido pelo banco, para assinalar o Dia Mundial da Luta contra o Cancro da Mama.
O evento, no qual estiveram mais de 100 participantes, contou com os testemunhos de Felismina Nhantuve, que se encontra a travar uma batalha contra esta doença silenciosa, e com a presença de Juju Rombe, actriz e apresentadora da TV, que partilhou a sua experiência pessoal de combate, sobrevivência e superação desta doença.
O painel integrou ainda o director do Serviço de Oncologia do Hospital Central de Maputo, Satish Tulsidás, que traçou o panorama do cancro da mama em Moçambique. Tulsidás trouxe uma visão positivista, alertando ainda para a importância da prevenção e detecção precoce da doença, através da atenção aos sintomas e exames regulares, como o melhor caminho a seguir.
“é difícil ter uma média de casos recuperados anualmente, porque o tratamento do cancro da mama leva muito tempo. Depois da operação, o paciente ainda faz alguns tratamentos, e só depois desses tratamentos adicionais é que se pode considerar que este está 100% recuperado”, disse Tulsidás.
Guilhermina Mabunda, directora de Unidade Técnica na Direcção de Recursos Humanos do Millennium bim, falou sobre os casos de colaboradores atingidos directa ou indirectamente pela doença e os mecanismos de apoio implementados pela instituição.
Na fase de perguntas e respostas, foi unânime a conclusão de que, além dos exames periódicos, é fundamental adoptar estilos de vida mais saudáveis para prevenir a eclosão do cancro da mama e outras doenças oncológicas.
“Outubro Rosa Millennium bim”, mais do que assinalar o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro da Mama, “inscreve-se no compromisso assumido pelo Millennium bim, há mais de 25 anos, de contribuir para o desenvolvimento do país também nos temas de cariz social. O combate ao cancro da mama, sendo um problema que afecta sobretudo as mulheres, é transversal a toda a sociedade, que deve ser sensibilizada para adoptar novos comportamentos e atitudes perante este flagelo”.
O evento “Outubro Rosa Millennium bim” visou, além de contrariar estereótipos e preconceitos, esclarecer e aconselhar as pessoas para o combate de um flagelo que a todos afecta, através da adopção de estilos de vida mais saudáveis.
Recorde-se que esta é uma doença com elevada taxa de mortalidade. Esta patologia afectou, no ano passado, aproximadamente 2000 moçambicanos, cerca de 57% do total de novos casos de cancro.