O Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ), uma instituição tutelada pelo Ministério da Indústria e Comércio (MIC), atribuiu certificados de qualidade a um total de 19 empresas que operam em diversos ramos de actividade na Cidade de Maputo.
Trata-se de certificados de qualidade das normas técnicas NM ISO 9001 (Sistemas de Gestão de Qualidade), NM ISO 140001 (Sistema de Gestão Ambiental) e ISO 450001 (Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional), cuja atribuição decorreu durante o seminário alusivo ao Dia Mundial da Normalização, que teve como lema “Visão Compartilhada para um Mundo Melhor”.
Para a Vice-ministra da Indústria e Comércio, Ludovina Bernardo, que dirigiu a cerimónia de abertura, a certificação é uma ferramenta imprescindível para os processos de produção das Pequenas e Médias Empresas (PME), pois segundo a governante, permite que elas assumam o papel fundamental de industrialização em Moçambique, de modo a que o País tenha capacidade de produzir e fornecer bens e serviços de qualidade, com recurso a normas técnicas, assim como capitalizar as oportunidades que isso cria no âmbito do comércio interno e externo.
Na ocasião, a governante referiu-se ao Programa Industrializar Moçambique (PRONAI) como uma das iniciativas do Governo cuja implementação requer a participação activa das Pequenas e Médias Empresas (PME’s), sendo, por isso, fundamental que estas façam um esforço adicional para obterem a certificação dos seus produtos ou serviços.
Entretanto, e porque o sucesso do PRONAI não depende exclusivamente das PME’s, Ludovina Bernardo considerou serem necessárias reformas profundas visando a melhoria do ambiente de negócios, inclusão de empresas nacionais nos negócios ligados ao ramo industrial, capacitação e coordenação entre os sectores público e privado.
Por seu turno, o director-geral do INNOQ, Geraldo Albasine, mostrou-se preocupado com o actual nível de certificação, se comparado com o universo de empresas que actuam no País.
“Desde que iniciou este processo, em 2011, temos cerca de 100 empresas certificadas, e a nossa perspectiva é atingir 120 até o fim do ano”, anunciou Albasine.
O director-geral do INNOQ apontou como principal razão para este cenário o facto de a certificação ser vista como um custo pelas empresas, o que constitui um equívoco.
“As empresas não gostam de assumir custos, mas a certificação não é uma despesa. É um investimento, e é uma decisão voluntária. Só adere aquela empresa que acha que está em condições de obter e manter a certificação. Com o uso de normas técnicas melhoramos a qualidade dos nossos produtos e serviços, diminuímos desperdícios nos processos de produção, garantimos a sustentabilidade da actividade, incrementamos o nível organizacional da empresa, habilitando-a a fornecer produtos e serviços de qualidade, bem como a conseguir aceder a mercados mais exigentes, bem como contratos com grandes projectos”, realçou Geraldo Albasine, quando se referia às vantagens da certificação para as empresas.