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Fraca investigação condiciona crescimento do sector industrial no país

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O ministro da Indústria e Comércio alerta que a fraca interacção entre os detentores de conhecimento nas áreas de produção está a enfraquecer o sector da indústria. Silvano Moreno falava durante a abertura da quadragésima sexta sessão anual sobre propriedade intelectual, na Cidade de Maputo.

A área industrial está em constante evolução, e Moçambique não é uma ilha. O investimento no conhecimento científico tem-se mostrado como um dos sectores-chave para o desenvolvimento da economia.

Entretanto, as investigações e pesquisas produzem conhecimento que, de acordo com o ministro da Indústria e Comércio, ainda não é suficientemente canalizado para o desenvolvimento da economia.

“Um diagnóstico sério e sincero permitir-nos-á contactar que, no geral, estamos muito aquém do desejável, como é fácil notar que a fraca de incorporação do conhecimento científico no quadro da produção industrial está na origem do fraco desempenho das economias”, lamentou Silvino Moreno, ministro da Indústria e Comércio.

Mas este não é o único problema que afecta os países em desenvolvimento, o sector industrial é cada vez mais competitivo e os países devem apostar na protecção das marcas produzidas a nível nacional.

“Toda a actividade económica é feita por pessoas, as suas inspirações que podem não ser científicas, queremos usá-los, comercialmente, mas devem ser respeitados os vários autores, por isso queremos criar mecanismos para que o que nós produzimos em África quando for para Europa fique claro que é da Africa”, reiterou Moreno.

É neste contexto que o representante da Organização Mundial da Propriedade Intelectual destaca que, apesar dos desafios, Moçambique regista progressos.

“O arroz aromático da Zambézia, o camarão e outros produtos de Moçambique são os que devem ajudar na protecção da Educação dos africanos e na propriedade intelectual e podem, sem bem tratados, empacotados, e vendidos em novos mercados internacionais”, explicou Daren Tang, director-geral da Organização Internacional sobre Propriedade Intelectual.

A Organização Regional Africana da Propriedade Intelectual (ARIPO) reitera que o continente deve investir mais no conhecimento para aumentar as trocas comerciais internacionais.

“Infelizmente, como africanos não temos estado a investir muito no conhecimento, nem estamos engajados com as Universidades na elaboração de pesquisas, para garantir que as investigações das organizações são adequadas a estes recursos para que possam produzir soluções”, lamentou Bemanya Twebaze, director-geral da ARIPO.

As intervenções foram feitas durante a quadragésima sexta sessão ordinária do Conselho de Administração da Organização Regional Africana da Propriedade Intelectual, que decorre de 21 a 25 do mês em curso.

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