Decorreu, hoje, na Cidade de Maputo, a primeira Conferência Anual de Seguros. O serviço de seguro abrange apenas 1,85% da economia nacional. O dado foi revelado pela vice-ministra da Economia e Finanças que desafia o sector a alargar o seu campo de actuação.
Desde a criação da Associação Moçambicana de Seguradoras em 2007, a agremiação realizou, hoje, a primeira Conferência Anual.
O evento realizado nesta quarta-feira, na Cidade de Maputo, contou com as principais seguradoras que operam no país e corretores de seguros.
Numa sala completamente cheia, a vice-ministra da Economia e Finanças, no seu discurso, falou da importância das seguradoras.
“Dados do mercado segurador indicam que, actualmente, o país passou a contar com 19 instituições seguradoras, das quais 13 do ramo não vida, dois do ramo vida e quatro explorando os dois ramos, bem como três microsseguradoras, uma resseguradora, sete sociedades gestoras do fundo de pensões, 128 corretores, cinco corretores de resseguros e 30 agentes de sociedade comercial”, revelou a vice-ministra da Economia e Finanças, Carla Louveira.
São todas estas instituições que contribuíram para um ganho no sector de seguros, “perfazendo uma taxa de penetração de seguros na economia de um 1,85 por cento e uma média, dos últimos cinco anos, da taxa de crescimento de prémios brutos emitidos de 9,2%”.
Ainda assim, Carla Louveira diz que é preciso, também, assegurar o crescimento do ramo Vida, Pensões e Microsseguros no país.
“E é, neste contexto, que recomendamos os operadores dessa indústria a intensificar as suas acções, no sentido de trabalhar, conjuntamente, com o Governo de Moçambique, para fazer face aos seguintes desafios: primeiro, a educação financeira do consumidor; segundo, o desenvolvimento do seguro inclusivo; terceiro, contribuir para a integridade financeira do sector de seguros, através da melhoria de mecanismos de controlo do branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo; quarto, assegura a tranformação digital do mercado de seguros e quinto, consolidar os mecanismos de protecção dos bens e infra-estruturas públicas, cuja iniciativa se materializou com a introdução, em 2022, pela primeira vez, do seguro de riscos parametros para desastres naturais”, exortou a vice-ministra da Econome e Finanças.
Assim, a Associação Moçambicana de Seguros lembra a sua resiliência diante da Covid-19 e diz estar pronta para alargar os seus serviços.
“Neste caminho, os seguros de vida e de pensões terão que desempenhar um papel fundamental na protecção e no futuro sólido das pessoas. Os seguros gerais estão longe de em Moçambique terem atingido todo o seu potencial de melhorar a segurança financeira das famílias e das pequenas e médias empresas”, reconheceu Ruben Chivale, presidente do Conselho de Direcção da Associação Moçambicana de Seguros.
E o tema da primeira conferência anual de seguros é, segundo, Ruben Chivane, “um chamamento à reflexão de todos sobre o papel que cada um deve desempenhar no aumento da penetração dos seguros na economia, no aumento da literacia sobre seguros, no aumento dos níveis gerais de aumento da confiança do público e na melhoria da perfeição de valor do sector”.
Para o Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique, o evento vem agregar valor ao negócio das seguradoras.
“Este evento irá desempenhar um papel fundamental para o desenvolvimento e melhoria contínua do sector de seguros, beneficiando as seguradoras, os profissionais do sector, os regulares e os consumidores. Esta é uma oportunidade valiosa para a comunidade de seguros se reunir, aprender, partilhar e colaborar em prol do crescimento e do sucesso do sector de seguros em Moçambique”, apontou Ester dos Santos, presidente do Conselho de Administração do Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique.
Participaram ainda na conferência representantes da PGR, do Banco de Moçambique, da CTA, Bolsa Valores de Moçambique, entre outros.
O lema do evento é: As soluções da Indústria Seguradora aos Desafios Económicos e Sociais de Moçambique.