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Apoiantes de Trump invadem Capitólio e inviabilizam ratificação das eleições de Novembro 

Caos na construção histórica dos EUA. Pelo menos quatro pessoas morreram, entre elas uma mulher, vítimas de disparos, após serem socorridas para o hospital com várias outras , devido a confrontos entre os manifestantes pró-Trump e as autoridades policiais, esta quarta-feira, na sequência de uma invasão ao Capitólio, onde decorria o processo de ratificação das eleições de 3 de Novembro passado, ganhas por Joe Biden. Este considerou que a invasão é uma “insurreição” que atenta contra a democracia.

A invasão ao Capitólio foi orquestrada por apoiantes do Presidente cessante norte-americano, Donald Trump. Eles chegaram ao local e gritaram “We want Trump” [Nós queremos Trump]. Acto contínuo, tiraram fotos na construção histórica do país que se orgulha de ter uma democracia madura, consolidada e exemplar.

Com a invasão ao Capitólio, os apoiantes de Donald Trump inviabilizaram a ratificação, por parte do Colégio Eleitoral, da vitória do democrata Joe Biden nas eleições de 03 de Novembro passado, conforme avança o Notícias ao Minuto. Enquanto a discussão prosseguia no Senado e na Câmara de Representantes, a polícia do Capitólio começou a evacuar alguns prédios de escritórios do Congresso, por causa da presença de milhares de apoiantes de Trump, em Washington. Eles deslocaram-se para o local onde estavam a ser ratificados os resultados eleitorais.

No interior do Capitólio, segundo escreve o Notícias ao Minuto, legisladores, incluindo republicanos, usaram as suas contas na rede social Twitter para criticar a acção dos manifestantes, assegurando que não se iam deixar intimidar pela sua presença ou pelos seus apelos para que a contagem de votos do Colégio Eleitoral seja rejeitada.

Na rede social Twitter, Trump incitou inicialmente os apoiantes a deslocarem-se para a área do Capitólio e o inevitável aconteceu, com distúrbios provocados por vários apoiantes do presidente cessante que conseguiram entrar no edifício, obrigando à interrupção dos trabalhos, que seriam, posteriormente, suspensos. Num comício em frente à Casa Branca, Trump tinha pedido aos manifestantes para se dirigirem para o Capitólio e fazer ouvir a sua voz, em protesto contra o que considera ser uma “fraude eleitoral”, tendo mesmo dito que “nunca” aceitaria a sua derrota nas eleições de 3 de Novembro do ano passado.

Os manifestantes obedeceram ao comando do Presidente cessante e dirigiram-se para o Capitólio, tendo ultrapassado a oposição das forças de segurança. Estas, minutos depois, evacuaram os escritórios do Capitólio, por razões de segurança e, de seguida, aconselharam a suspensão dos trabalhos.

Logo a seguir, num novo “tweet”, Trump apelou aos apoiantes para se manterem pacíficos. “Por favor, apoiem a nossa Polícia do Capitólio e as forças de segurança. Eles estão verdadeiramente do lado do nosso país. Mantenham-se pacíficos!”, de acordo com o Notícias ao Minuto.

A confusão levou o presidente da Câmara de Washington D.C. a ordenar o recolher obrigatório e o Capitólio fechou as portas, com pedidos de reforço de outras forças policiais. As forças de segurança deram máscaras anti-gás aos legisladores que estavam em trabalho e começaram a evacuar a Câmara de Representantes e o Senado, retirando também das instalações o vice-Presidente Mike Pence.

Entretanto, o debate no senado foi retomado por volta das 20 horas (22 horas de Moçambique).

O ex-presidente dos EUA, Barack Obama considerou que a violência era uma “vergonha”, mas não uma “Surpresa”, devido à atitude de Donald Trump e dos republicanos.

Quem também não ficou indiferente à confusão no capitólio foi o antigo presidente Bill Clinton, que denunciou um “ataque sem precedentes” contra as instituições do país “alimentado por mais de quatro anos de política envenenada”.

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