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Apenas 20% de moçambicanos têm acesso à internet

Apenas 20% de moçambicanos têm acesso a internet, segundo dados do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM). Este dado sugere que há um mercado por explorar, como forma de garantir que mais moçambicanos tenham acesso a internet.

Foi no painel que discutiu “Inclusão Digital e Transformação Social” da MozTech que foram revelados dados sobre a acesso às comunicações, no geral, e a internet, em particular. Moçambique tem estado a registar crescimento no acesso aos serviços digitais. Tauha Mote, Presidente do Conselho de Administração (PCA) do INCM, disse que 20% de acesso a internet significa que há um mercado por explorar, sobretudo quando se fala no acesso a internet a custos acessíveis.

Os dados estatísticos indicam ainda que 50% dos 33 milhões de moçambicanos tem acesso a um telemóvel, sendo que as infraestruturas de rede móvel encontram-se disponíveis em 80% do território moçambicano, o que indica que há zonas com rede móvel, mas cuja utilização é baixa ou inexistente.

O Director-Executivo da Interactive, Igor Frechaut, falou das vantagens do serviço de internet por satélite, VIVAnet, que estará disponível a partir do dia 1 de Julho próximo. O responsável enalteceu a rapidez, o acesso em qualquer parte do território moçambicano, em particular nas zonas recônditas e o custo baixo como vantagens do novo serviço de internet.

“Nós somos um país vulnerável ao impacto climático e muitas vezes as comunicações são afectadas, havendo corte das mesmas. Com a VIVAnet esta situação não se coloca e teremos a oportunidade de proporcionar serviços de comunicação de emergência, nos casos de interrupção de outras formas de comunicação”, explicou Igor Frechaut.

Michael Muth, do Departamento do Estado para o Comércio dos Estados Unidos de América, partilhou a contribuição para a materialização da inclusão digital em África, tendo feito menção a trabalhos realizados em Moçambique, Angola, África do Sul, Nigéria e outros países africanos.

Os painelistas falaram também da importância da educação para que os utilizadores de serviços digitais protejam-se dos ataques cibernéticos, protagonizados por piratas informáticos.

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