Mais uma vez, o preço do cimento Dugongo sofre agravamento. O saco, que custava 250 Meticais em Setembro do ano passado, hoje custa 325 Meticais. Alguns estaleiros na Cidade de Maputo já registam baixa na clientela.
O preço do cimento, na Cidade de Maputo, voltou a sofrer agravamento. Depois de ter sido agravado em 25 Mt em Setembro e 70 Mt em Outubro, desde segunda-feira (24), o saco de 50kg da Dugongo Cimentos é vendido entre 375 e 380 Meticais.
Desde a inauguração da Dugongo Cimentos, o preço do produto registou uma baixa em muitos outros produtores para a felicidade dos munícipes de Maputo.
No entanto, desde Maio do ano passado, período em que entrou em funcionamento a empresa Dugongo, o preço de cimento já sofreu agravamento por três vezes.
Em Setembro de 2021, o preço do saco de cimento de 32.5 subiu de 230 para 255 MT; o de 42.5 passou de 250 para 275 MT. Quase dois meses depois, 25 de Outubro de 2021, o preço do saco de 50 Kg de 32.5 passou de 255 para 325 MT (uma subida de 70 MT). O de 42.5 agravou-se de 275 para 340 MT (uma subida de 65 MT).
Actualmente, desde o dia 24 de Janeiro corrente, o preço do saco de 32.5 passou de 325 para 360 MT (uma subida de 35 MT). O de 42.5 MT, que antes custava 340 MT, hoje é vendido entre 375 e 380 MT, uma subida também de 35 MT.
Estas constantes subidas já começam a retrair a clientela em muitos estaleiros da capital do país.
“Nestes dois dias, as vendas estão tremidas. Os clientes até aparecem, mas, ou voltam sem comprar ou compram uma quantidade inferior à pretendida. Por isso, estamos mal com estes preços”, disse Nelson Mucambe, um dos gestores de estaleiro na Cidade de Maputo.
Mucambe conta que há dificuldades para perceber o que realmente está a acontecer, pois “nós compramos o cimento de alguns chineses e não sabemos qual é o real preço que a fábrica pratica para os revendedores”.
Como consequência, há planos que serão adiados, até quando houver melhores condições financeiras.
Elísio David, que não conhecia o novo preço, ficou espantado. “Assim, não conseguimos comprar todos os sacos que pretendíamos. Infelizmente, não podemos parar as obras, mas, com este preço, construir será muito mais caro”, desabafou.
O actual preço do cimento sufoca também os fazedores de blocos, que estão de mãos atadas, sem saber como agir, pois, sempre que pensam em agravar o preço do seu produto, os clientes não compram. Sem alternativas, eles acabam por manter ou ainda baixar em resposta à reclamação dos clientes, o que os faz sofrer prejuízos.
“Não é só o [preço do] cimento que subiu, o custo do pó de pedra, areia e várias outras matérias-primas sofreu agravamento, só nós não conseguimos subir o preço”, disse Gabriel Francisco.
Muitos dos estaleiros visitados pelo jornal “O País” apostam mais na comercialização do cimento da marca Dugongo, pela alta procura e baixo preço na aquisição, comparativamente a outras marcas.