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Paulo Oliveira regressa ao Rally-Dakar nas quatro rodas

Fotos: O País

O Piloto moçambicano, Paulo Oliveira, volta a disputar mais uma prova de Rally Dakar, desta vez em provas de quatro rodas, contrariamente às motos com que participou no ano passado. O Rally Dakar 2023 vai ser mais longo que a edição passada e passará a contar com 15 etapas, contra 12 da última edição.

É o regresso de Paulo Oliveira às areias de Rally Dakar, depois de uma participação bem conseguida na edição passada, na Arábia Saudita. Foi a primeira participação de Moçambique, tendo ocupado, através de Paulo Oliveira, a posição 116, dos 170 pilotos presentes.

Em 2023, haverá mais – a 45.ª edição – mas com diferencial de etapas relativamente à anterior. Passarão de 12 para 15, ou seja, serão 15 dias de competição, mais três dias em relação à última edição.

Oliveira quer lá estar, por isso, no lançamento da prova, evento realizado esta segunda-feira, em Maputo, assumiu a vontade de voltar a fazer parte dos grandes do desporto motorizado mundial.

“Temos expectativas diferentes porque já sabemos o que nos espera. Ano passado, era tudo novidade, as etapas e o próprio terreno”, disse Paulo Oliveira.

Aliás, apesar de já conhecer as etapas e o terreno, Oliveira assume que “não quero dizer que tudo será mais fácil, mas tiramos essa carga emocional de estarmos pela primeira vez e, neste momento, vamos levar outras armas para lutar”.

O piloto moçambicano, que vai levar consigo Miguel Alberty, que será o seu co-piloto, diz haver condições diferentes das que tinha na sua primeira experiência e por isso a história pode ser contada de outra forma na edição 2023 do Rally Dakar.

Para anunciarem a participação, a que denominaram Projecto Rally Dakar 2023 “Desafio Aceite”, Paulo Oliveira e Miguel Alberty contaram com a presença de amigos, parceiros e o Governo, que esteve representado pelo secretário de Estado do Desporto, Gilberto Mendes. O piloto e o seu assistente manifestaram o compromisso em não só representar o país, como o fazer da melhor maneira possível.

Aliás, nesta sua segunda aventura, Paulo não pretende pular etapas; prefere dar tempo ao tempo. Ou seja, “é o nosso primeiro ano de preparação e de participação e por isso não seremos muito ambiciosos em pensar na vitória, já que temos pilotos de alta craveira que fazem o Dakar há cinco, seis, sete ou dez anos consecutivos e têm orçamentos completamente diferentes dos nossos”, o que fará com que haja cautelas nessa segunda aventura.

Para a edição 2023, que se repete nas mesmas areias do deserto árabe, a dupla estará, lado a lado, ao comando de um SSV (Side by Side Vehicle). Paulo volta a vestir a pele de piloto e Miguel, agora, de navegador, sendo que os dois vão percorrer uma distância de cerca de 9 mil km distribuídos em 15 etapas.

Antes considerado simples sonhador, hoje espelho de muitos, o secretário de Estado de Desporto quer um Paulo que continue a inspirar gerações.

A prova de todo-o-terreno arranca no dia 31 de Dezembro, na orla do Mar Vermelho (em local ainda por confirmar, fora da Arábia Saudita) e disputa-se até 15 de Janeiro de 2023.

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