Centenas de crianças separadas das suas famílias fogem para o campo de Tawila, no Sudão, em meio à violência no Darfur Ocidental. O Conselho Norueguês para os Refugiados aponta para mais de 400 menores que chegaram ao campo no mês passado.
O campo de refugiados de Tawila, no Sudão, tornou-se uma tábua de salvação para centenas de crianças separadas das suas famílias enquanto fogem da escalada da violência no Darfur Ocidental.
Segundo o Conselho Norueguês para os Refugiados, mais de 400 menores chegaram ao campo apenas no último mês.
De acordo com autoridades citadas pela imprensa internacional, a situação continua crítica, pois crianças cuidam de outras crianças porque os pais desapareceram, porque os pais foram detidos.
O aumento do deslocamento segue uma ofensiva brutal em El-Fasher, onde as Forças de Apoio Rápido deixaram centenas de mortos no que tinha sido a última grande fortaleza do exército sudanês em Darfur.
O conflito entre as Forças de Apoio Rápido e os militares tem-se desenrolado desde 2023, devastando comunidades e empurrando civis para campos já sobrelotados como Tawila, onde os trabalhadores humanitários dizem estar a realizar trabalho crítico e salvar vidas.
Muitas crianças chegaram ao campo acompanhadas por familiares, vizinhos ou até estranhos que se recusaram a abandoná-las no deserto ou no devastado El-Fasher.

