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Filipe Nyusi exige foco no combate ao extremismo e ao terrorismo

O Presidente da República, Filipe Nyusi, dirigiu, esta quarta-feira, o encerramento do décimo quarto curso de formação de sargentos. Na ocasião, Filipe Nyusi elogiou as Forças Armadas de Defesa de Moçambique pela prontidão e bravura na luta contra o terrorismo em  Cabo Delgado.

É o fim de uma jornada de formação de sargentos dos três ramos das Forças Armadas de Defesa e Segurança, nomeadamente, Marinha, Força Aérea e Exército.

Páscoa Francisco, natural de Sofala, é militar. Concluiu a sua formação de três anos como sargento e já esteve em Cabo Delgado a combater o terrorismo.

“Eu tinha um objectivo a alcançar. Estive, sim, em Cabo Delgado. Foi uma experiência muito boa. A interacção com as populações e a camaradagem com os colegas. Foi, de facto, muito bom, pois  adquiri mais competências e habilidades”, contou.

Tal como Páscoa, Clésio Leão, formado na Escola de Sargentos das Forças Armadas General de Exército Alberto Joaquim Chipande, esteve perante fogo real a combater o terrorismo e o extremismo violento em Cabo Delgado.

“Participei (…) Houve confronto com o inimigo e, por isso, estou preparado para tudo”, garantiu.

Diante dos novos sargentos, o Presidente da República e comandante-chefe das Forças de Defesa e Segurança, Filipe Nyusi, elogiou o desempenho dos militares em Cabo Delgado e exigiu mais foco no combate a ameaças actuais, entre elas o terrorismo.

“Devo reconhecer o Estado Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique pelos últimos resultados que nos tem apresentado. Sei dizer que viver as duas semanas ou mesmo vitórias visíveis no teatro operacional norte colocou fora de combate muitos terroristas, incluindo estrangeiros.”
Quanto aos terroristas ainda no activo, Filipe Nyusi reitera o seu apelo para que abandonem as matas e se entreguem voluntariamente às autoridades.
“Continuo a ter a disponibilidade de receber os irmãos que estão nas matas, porque o lugar certo não é lá, mas sim aqui. É com as comunidades que vamos construir o nosso país.”

Nyusi explica ainda porque é que foi aumentado o tempo de permanência dos mancebos no serviço militar de dois anos para cinco a seis.

“Esta revisão visa a retenção e disponibilidade de pessoal experiente. Penso que vocês têm experiência, porque dois anos… vivi casos em que os meus generais ficaram muito desesperados depois de formar forças especiais com conhecimentos que os outros não tinham, e, porque já tinham feito dois anos, tinham de sair mesmo antes de executar as missões. É um desperdício (…), e esta lei corrige. Esta lei visa também maior rentabilidade e racionalização dos recursos investidos.”

Os militares foram ainda instados a respeitar os direitos humanos durante as acções combativas. E, neste grupo, foram distinguidos com diplomas e prémios os melhores em matéria pedagógica, aprumo e preparação física.

Ainda esta quarta-feira, o Presidente da República, Filipe Nyusi, iniciou uma visita de trabalho à província de Sofala.

Naquele ponto do país, Filipe Nyusi vai participar na cerimónia de lançamento do Torneio de Golfe, bem como das comemorações dos 130 anos da Fundação da Associação Comercial da Beira.

De acordo com um comunicado enviado ao “O País”, Nyusi deverá deslocar-se a Búzi, onde vai inaugurar um sistema de abastecimento de água no posto administrativo de Guara–Guara.

Na qualidade de comandante-chefe das Forças de Defesa e Segurança, o Filipe Nyusi vai, igualmente, dirigir, na Escola de Sargentos da Polícia Oswaldo Tazama, em Metuchira, distrito de Nhamatanda, o encerramento do quinto curso de sargentos da Polícia da República de Moçambique (PRM).

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