O partido Frelimo diz que durante a marcha da tocha da unidade, o povo tem mostrado uma postura de cidadania e manifestação da paz e reconciliação entre irmãos. Pedro Guiliche, porta-voz do partido, avança que no decorrer da marcha, vários jovens “têm pedido perdão pelos excessos cometidos durante as manifestações”.
A selecção feminina de futebol dos sub-17 perdeu este sábado diante da Zâmbia, por 4-0, em partida de abertura do torneio regional da categoria, que decorre na Namíbia. As nyeletinhas voltam a jogar segunda-feira diante das Maurícias.
Jogo de abertura do torneio Cosafa diante da campeã em título, a Zâmbia, as meninas moçambicanas não tiveram argumentos para contrariar e sofreram quatro golos.
As zambianas marcaram dois golos na primeira parte e outros dois na segunda parte, com a guarda-redes moçambicana a ser mal batida no último golo.
Uma estreia com pé esquerdo e com números que comprometem as possibilidades de qualificação às meias-finais da prova.
Novo encontro das nyeletinhas é na segunda-feira diante das Maurícias e somente uma vitória com números gordos pode colocar a selecção no caminho das meias-finais.
A bicicleta é um dos meios mais usados para o transporte de passageiros e de cargas, na cidade de Quelimane, em Zambézia. O meio de transporte movimenta a economia local. Estima-se que mais de 5 mil bicicletas circulam por dia na urbe.
A bicicleta em Quelimane tem um historial longo e contínuo. É o principal meio de transporte e também bastante acessível. Aliás, é um meio popular e até assegura a economia da cidade. De simples bicicleta, evoluiu popularmente para táxi, num sistema de transporte público urbano, o que distingue Quelimane de outras cidades do país.
Em Quelimane, a bicicleta não funciona apenas como táxi de passageiro, mas de transporte de cargas. E porque este meio desempenha um papel importante na economia local, conversamos com Manuel Bernardo de 48 anos de idade e pai de família, que com a bicicleta carrega madeira para ter dinheiro e sustentar sua família.
A popularidade da bicicleta deve-se, em parte, ao facto de ser um meio de transporte acessível e económico para os moradores da cidade.
Falando em economia familiar, há vezes em que a bicicleta precisa de manutenção para que continue a circular na cidade. Foi daí que se abriu mais uma oportunidade de renda de homens e pais de família. Em muitas esquinas das ruas e avenidas é possível encontrar pequenas oficinas de reparação desse meio.
A maior parte das oficinas encontra-se no mercado central de Quelimane, onde homens ganham a vida para as suas famílias, através deste trabalho.
Além de principal meio de transporte, a bicicleta é um dos principais meios de atração de turismo na cidade. Um dos grandes problemas que Quelimane vem deparando, tem que ver com a mobilidade urbana.
O município conseguiu implementar a promessa de melhorar a mobilidade urbana com a construção das ciclovias e colocação de semáforos. Foram aplicados 43 mil euros, cerca de três milhões de meticais para ciclovias.
A Fundação AIS (Ajuda à Igreja que Sofre) manifestou hoje “a maior alegria e gratidão” pela eleição do cardeal Robert Francis Prevost como Papa Leão XIV, sublinhando a sua acção missionária no Peru.
Citada num comunicado divulgado pelo departamento português da Fundação AIS, a presidente executiva internacional da instituição salienta que o novo Papa, que trabalhou muitos anos no Peru, “entende as necessidades da Igreja missionária”.
“Acabámos de ouvir o novo Papa, o Papa Leão XIV, e realmente estamos entusiasmados, especialmente porque este é um papa missionário”, afirmou Regina Lynch, citada por Notícias ao Minuto.
A presidente executiva da Fundação AIS assegurou a aposta na oração “para que Deus o abençoe com sabedoria e amor e sentido de serviço para a Igreja”.
Na nota, a Fundação refere que o novo Papa “não é alheio” à instituição e ao seu trabalho, pois “durante o seu mandato como Bispo de Chiclayo, no Peru, de 2015 a 2023, a Fundação AIS pôde apoiá-lo em vários projetos, sobretudo na formação de seminaristas, missionários e catequistas, bem como com estipêndios de Missa que em parte se destinavam a missionários que trabalhavam em zonas remotas dos Andes”.
“É da própria natureza da Igreja e da sucessão apostólica que a tristeza pela morte de um Papa dê lugar à alegre receção do novo Bispo de Roma. Leão XIV é o oitavo Papa sob o qual a Fundação AIS continuará a servir a Igreja pobre, em dificuldades e perseguida, desde a sua fundação em 1947”, afirmou, por seu turno, Philipp Ozores, secretário-geral da Fundação AIS, também citado no comunicado.
O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, 69 anos, foi eleito Papa na quinta-feira, ao fim de dois dias de conclave, e assumiu o nome de Leão XIV.
Nascido em Chicago, Estados Unidos, tem ascendência espanhola e nacionalidade peruana, e pertence à Ordem de Santo Agostinho. Era até agora prefeito do Dicastério para os Bispos.
Leão XIV sucede ao Papa Francisco, que morreu em 21 de abril, aos 88 anos.
O Tribunal Administrativo reduziu para 16 por cento o número de processos pendentes no em 2024, comparativamente ao ano anterior. A informação consta do Relatório de Progresso e Financeiro, documento apreciado no Conselho Consultivo do órgão.
A redução da pendência processual acontece num contexto em que o Tribunal Administrativo está a introduzir reformas institucionais, que incluem o aprimoramento do sistema de controlo interno, melhorias das condições de trabalho e uso das plataformas electrónicas na gestão documental e processual.
É dentro dessa abordagem que, por exemplo, no movimento global dos processos pendentes os números apontam para uma redução de 16 por cento em 2024, comparativamente ao ano anterior.
A redução, de acordo com o documento a que a STV teve acesso, verificou-se também ao nível da Segunda Secção, ou seja, Secção do Contencioso Fiscal e Aduaneiro, em que atingiu 89 por cento.
Já no que diz respeito à Fiscalização Prévia, o Tribunal Administrativo decidiu sobre 39.692 processos relacionados com o pessoal, de um total de 42.082. Em relação à fiscalização prévia, dos 54.145 submetidos o foram decididos 50.630, números que não incluem os processos tramitados pelos tribunais provinciais e da Cidade de Maputo.
Apesar dos números encorajadores, o Tribunal Administrativo deparou-se com enormes constrangimentos devido às manifestações nos últimos meses de 2024. Esse facto condicionou o alcance das metas na totalidade.
O Governo falhou, no ano passado, o pagamento de uma dívida de 3,4 mil milhões de Meticais devido à instabilidade pós-eleitoral. O maior credor é Portugal, que tem a receber pouco mais de 1.8 mil milhões de meticais.
Pressionado é como está o actual Governo devido a uma dívida cujo pagamento falhou em 2024, devido à tensão pós-eleitoral. Segundo o Relatório Anual da Dívida Pública. Pesou mais para o atraso, a limitação na arrecadação de receitas.
Constam da lista dos principais credores da dívida de cerca de 3,4 mil milhões de Meticais, que o Governo falhou o pagamento no ano passado, os seguintes: Portugal, que ter a receber pouco mais de 1.8 mil milhões de meticais; Fundo Monetário Internacional, com cerca de 718,7 milhões de meticais; Rússia, com um valor a receber na ordem de 259.9 milhões de meticais; Banco Islâmico de Desenvolvimento, com cerca de 206,2 milhões; e Índia, com uma dívida a receber de cerca de 102.7 milhões de Meticais.
Diante do cenário, o actual Executivo já fala de pressão às contas públicas.
“A transição desses montantes para 2025 implica uma pressão adicional sobre a tesouraria do Estado, dado o aumento dos compromissos financeiros que deverão ser honrados no próximo exercício orçamental. Este cenário desafiador acentua a necessidade urgente de implementar medidas eficazes para mitigar os riscos associados ao serviço da dívida”, lê-se no relatório do Governo.
O stock da dívida em atraso agrava-se, quando se adicionam 394,3 milhões de dólares de compromissos pendentes com credores que não consideram o alívio da dívida ao país nos termos acordados com o Clube de Paris, nomeadamente: Líbia (253,38 milhões de dólares); Angola (61,45 milhões de dólares); Bulgária (57,8 milhões de dólares); e Polónia (21,7 milhões de dólares).
O relatório refere que o Governo está em negociações com os referidos credores, para encontrar soluções coordenadas para a regularização das dívidas.
Sem perder tempo, o Papa Leão XIV, eleito há menos de 24 horas, vai realizar a sua primeira missa como Bispo de Roma esta sexta-feira.
Após um discurso de apelo à paz, das reações emocionadas vindas de todo o mundo – e até do seu primeiro autógrafo -, Robert Prevost prepara-se para aparecer às 11 horas locais
Moçambique e Zâmbia passarão a beneficiar de um gasoduto a ser construído entre as cidades da Beira e Ndola, com capacidade para transportar 3,5 milhões de métricos de toneladas de produtos petrolíferos por ano. A infra-estrutura será erguida em quatro anos.
Avaliada em cerca de 1,5 mil milhões de dólares norte-americanos, a infra-estruturas vai permitir a facilitação do transporte de produtos petrolíferos para o mercado Zambiano, reduzindo a circulação de camiões nas estradas. Com a infra-estrutura erguida, as partes terão a capacidade de movimentar anualmente cerca de 3,5 milhões de métricos de produtos petrolíferos.
“O sucesso do gasoduto Beira–Angola pode servir de referência para o desenvolvimento de outros oleodutos ou infra-estruturas energéticas regionais.
A nível nacional, vai aumentar o tráfego do Porto da Beira e a utilização do terminal de combustíveis, promovendo a sua sustentabilidade, além de criar oportunidades de emprego local na construção, manutenção e operação desta infra-estrutura”, afirmou Estevão Pale, ministro dos Recursos Minerais e Energia.
Com o referido acordo, Moçambique quer posicionar-se ao nível da região e permitir maior fluidez comercial, aproveitando a sua localização. De acordo com o governante, “Estes acordos vão além de simples parcerias técnicas; representam uma visão conjunta de interdependência e progresso partilhado. Moçambique reforça, assim, a sua posição geoestratégica como corredor energético da SADC, contribuindo para a segurança energética regional e para o equilíbrio da nossa balança comercial através da exportação de energia”, disse o ministro dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique.
No seu breve discurso de reacção ao memorando, o alto-comissário da Zâmbia em Moçambique disse que a infra-estrutura irá trazer desenvolvimento e facilidades em ambas as partes. Ademais, Kenya Londe afirma que a materialização do projecto vai criar postos de trabalho.
“O memorando de entendimento beneficiará os zambianos e os moçambicanos, uma vez que irá gerar muitos empregos locais, e também porque a energia é a principal fonte de desenvolvimento. Acima disso, todos precisamos de energia para produzirmos”, disse a fonte.
Moçambique e Zimbabwe reforçam cooperação energética
No local, foi também assinado um acordo de cooperação bilateral para o fornecimento, geração e transmissão de energia eléctrica entre Moçambique e Zâmbia. O referido acordo inclui ainda mecanismos para facilitar o comércio de combustíveis e o desenvolvimento de infra-estrutura energética, criando as condições necessárias para apoiar o crescimento industrial do Zimbabwe e promover a integração energética regional.
“Este acordo cobra ainda mecanismos de facilitação do comércio de combustíveis, a utilização e o desenvolvimento de infra-estruturas de combustíveis, garantindo o fornecimento confiável de derivados de petróleo”, frisou o ministro dos Recursos Minerais e Energia em seu discurso.
Moçambique e Zimbabwe controlam relações energéticas estratégicas, principalmente na exportação de electricidade a partir da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), localizada em Moçambique. A energia é transmitida pela linha Songo–Bindura, que liga os dois países, sendo essencial para o abastecimento energético do Zimbabwe, que enfrenta constantes crises de energia.
Apesar dos desafios relacionados ao pagamento de dívidas por parte do Zimbabwe, os dois países continuam a negociar acordos para garantir o fornecimento contínuo. Ambos integram o Southern African Power Pool (SAPP), uma plataforma de cooperação regional que facilita o comércio de energia eléctrica na África Austral. A relação energética entre Moçambique e o Zimbabwe é vital para a estabilidade energética regional e continua a ser reforçada por projectos conjuntos de infra-estrutura e interligação eléctrica
Os instrumentos foram assinados na manhã desta quinta-feira, no último dia da décima primeira edição do fórum de energias de Minas e Energias, que teve lugar em Maputo.
Duas boas novas abrem novas perspectivas no mercado de gás natural liquefeito. A Total promete retomar a construção da planta de gás em Palma em meados deste ano, de acordo com a garantia dada pelo CEO da Total Energies, Patrick Pouyanné, um anúncio que sucede à aprovação do plano de Desenvolvimento da Plataforma Coral Norte FLNG, com capacidade para a produção de 3,5 milhões de toneladas de gás por ano.
A novidade soa com ânimo para as empresas locais que têm cada vez maior apetite de tirar benefício dos projectos da indústria do gás, e as poucas certezas acompanham as novidades, por exemplo, como serão usados os 10% dos gás do Coral Norte que, por decreto do Governo, devem ser canalizados ao mercado doméstico?
Sobre a questão, o “O País Económico” ouviu Florival Mucave, presidente-executivo da Câmara do Petróleo e Gás de Moçambique, e Joaquim Dai, economista.
Para Florival Mucave, a alocação de 10% do gás natural para a economia doméstica é uma componente que vai contribuir para a diversificação da economia moçambicana e para a industrialização do país.
Entretanto, alerta para alguma cautela. “Temos de voltar à experiência da Sasol, há 20 anos, quando o Governo exigiu da Sasol a disponibilização de uma quantidade de gás para uso doméstico, surgiu essa questão se há capacidade em Moçambique para a utilização deste gás. Hoje temos vários projectos como a Matola Gás Company, Central de Ressano Garcia, Central de Vaninga, que dependem deste gás e o transformam em energia. O importante é acordarmos que há uma quantidade de gás que deve ser alocado ao mercado doméstico, e uma vez já alocado e usá-lo para a industrialização”.
Segundo Mucave, o país tem, primeiro, de pensar no Norte, a parte menos industrializada do país. “A parte mais industrializada é o Sul, e não há projectos estruturantes de industrialização no norte do país”, explicou para a seguir acrescentar que “temos de saber que virão mais projectos e pensar hoje onde é que queremos utilizar o gás que há de vir deste projecto”.
O responsável foi mais longe ao dizer que não houve um debate coerente em volta do conteúdo local no país, o que se tornou ainda mais necessário diante de projectos em alto mar, que desafiam a criação de infra-estruturas de acesso da terra ao alto mar para poder beneficiar deste gás.
Segundo Mucave, este é um debate que ainda não começou, e que é muito oportuno. “Quem é que vai criar as infra-estruturas necessárias para termos este benefício. A ENI pode disponibilizar a boca do poço?”, questiona, para a seguir dizer que “o Governo tem de criar condições para a monetização deste gás”.
Por seu turno, Joaquim Dai entende ser estratégica a exploração e liquefação em alto mar, apesar das levantadas relativamente aos empregos que poderiam ser criados caso o projecto fosse desenvolvido em terra.
“Esta decisão foi tomada a olhar para o momento que o país está atravessar. Precisamos de estimular as exportações, precisamos de melhorar as contas públicas e criar nova dinâmica e nos estabelecermos como um pólo de desenvolvimento no mercado do gás, portanto, é um trade off, vamos perder um pouco na componente empregos e ganhar mais com as exportações.”
Entretanto, Dai encontra uma infalível oportunidade de Moçambique usar os 10% do Coral Norte para a industrialização. “Nós temos vizinhos com sérios problemas de electricidade, daí temos de ter uma estratégia de desenvolvimento a longo prazo. Não podemos crescer a apalpar, temos aqui duas grandes oportunidades. Moçambique pode tornar-se um pólo energético, podemos pôr este gás na cozinha e parar de importar botijas de gás”, disse.
Os ministros da Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) manifestaram apoio unânime à candidatura do Parque Nacional de Maputo, em Moçambique, à lista de Património Mundial da UNESCO. A decisão foi tomada durante uma reunião em São Tomé e Príncipe, conforme consta na declaração final consultada pela agência Lusa.
A candidatura, já submetida pelas autoridades moçambicanas à UNESCO, é uma nova tentativa após uma proposta anterior, em 2008, que visava a inclusão da então Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro. O apoio agora confirmado pela CPLP abrange o ciclo 2025–2026.
O Parque Nacional de Maputo, localizado a cerca de 90 minutos da capital moçambicana, é vizinho do Parque de iSimangaliso, na África do Sul, classificado como património mundial desde 1999. Segundo o dossiê submetido à UNESCO, a proximidade entre os dois parques representa uma oportunidade única para ampliar a proteção da biodiversidade, promover a investigação científica e reforçar a gestão ambiental conjunta entre os dois países.
A zona que se estende da Baía de Maputo até à Ponta do Ouro, incluindo a Ilha de Inhaca, foi identificada em 2003 como uma das quatro áreas prioritárias para conservação e potencial reconhecimento como património mundial.
A proteção ambiental no sul de Moçambique remonta a 1932, quando a região foi inicialmente estabelecida como área de caça. Em 1969, o seu valor ecológico levou à criação da Reserva Especial de Maputo, que mais tarde daria origem ao atual Parque Nacional.
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