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Zuma pede não divulgação de resultados hoje

Foto: Expresso

Jacob Zuma diz que as eleições sul-africanas foram manipuladas e exige que os resultados não sejam divulgados hoje. Ao mesmo tempo o antigo presidente do ANC e da África do Sul alerta a comissão eleitoral do seu país a não provocar problemas.

As exigências de Jacob foram apresentadas na noite deste sábado durante uma visita ao centro de processamento de resultados eleitorais em Joanesburgo. Junto do seu “novo” partido Umkhonto We Sizwe e de outros 25 partidos, Zuma contesta os resultados e exige uma comissão de inquérito para investigar as irregularidades no escrutínio.

“Ninguém deve anunciar amanhã (domingo). Não. Se isso acontecer, as pessoas estão a provocar-nos, porque sabemos o que falamos. Não estamos a adivinhar. Sabemos. Então porque eles se apressam para contar?” questionou.

Porque “quem não deve não teme”, Zuma apelou que se faça um trabalho conjunto para repôr a verdade, sendo esta a melhor maneira para se chegar ao anúncio final dos resultados. “Ninguém vai anunciar, a menos que não estejam a trabalhar connosco. Não há pressa. Ninguém vai morrer se vocês não anunciarem os resultados amanhã, (domingo)”, apelou.

Para Zuma, a Comissão Eleitoral Independente não deve apressar a divulgação dos resultados, enquanto não houver esclarecimento sobre as irregularidades que são consideradas graves, pois para si e os outros partidos, as avarias das máquinas do processo eleitoral foram propositadas.

“Alguns dizem que são avarias de máquinas. Não houve avarias de máquinas. As máquinas foram feitas coisas erradas. Sabemos e vamos apresentar isso. Ninguém deve apressar-nos. Se estiverem a fazer alguma coisa por nós, pelo nosso país, então devem ouvir-nos”.

Em conformidade, foram submetidas mais de 500 reclamações, razões que sustentam o posicionamento de Zuma em pedir mais tempo antes da divulgação dos resultados do escrutínio de 29 de Maio.

“Ninguém pode forçar-nos a assumir, agora, que esses são os resultados. Quando os resultados não estão correctos. Por dizermos isso, acho que as instituições devem nos confortar garantindo análise das nossas denúncias” referiu.

Por fim, Zuma explicou que trata-se de um pedido amigável.

“Fazemos isso em paz, em camaradagem. Qual é a outra palavra? Em camaradagem? Amigavelmente, em parceria, em harmonia. É sério, porque houve pessoas sérias que fizeram coisas sérias. E não podemos permiti-los, não podemos. Desta vez deve ser justo. O que mais? Livre, transparente, credível, bom e justo”.

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