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Família organiza transladação dos restos mortais de Alice Mabota 

Passam 24 horas e ainda é difícil, para família e amigos acreditar que Alice Mabota se foi. Segundo a família da malograda, Mabota lutou contra a doença por muito tempo, mas neste ano sua enfermidade agravou-se.

Esteve por algum tempo internada na Índia. Quando apresentou melhorias  regressou ao país, mas nos últimos dois meses a situação piorou e teve de ir à África do Sul, onde perdeu a vida no princípio desta quinta-feira. 

“Esta notícia pegou-nos de surpresa, caiu-nos como um grande peso e uma grande dor. Porque ela mesmo doente, lutava e dava-nos esperança de que tudo ia ficar bem. sempre que estivesse apresentar melhorias, ia ao escritório, cozinhava, brincava com os netinhos, ela não sentava, então ela mesma mostrava sinais de muita vitalidade”, lamentou Custódio Duma, familiar. 

Neste momento, a família organiza a trasladação dos restos mortais da campeã dos direitos humanos e a previsão é de que os mesmos cheguem ainda este fim de semana.

“Entretanto, até agora ainda não temos uma data e nem um programa definitivo das exéquias fúnebres, mas temos a certeza que entre terça e quarta-feira será possível realizar as cerimônias fúnebres”, explicou, para depois acrescentar que no domingo, poderão ter informações mais concretas. 

Já para o colega e pupilo de Mabota, Sousa Chele, saudades é algo que vai sentir de Mabota daqui para frente, pois segundo disse, tudo e mais um pouco que sabe sobre direitos humanos e sobre a vida de um homem íntegro, aprendeu com campeã dos Direitos Humanos.

Chele acredita que foi Mabota que trouxe na teoria e na prática a questão dos direitos humanos para o país, que deu voz aos que não tinham voz, na altura mulheres e jovens e que ensinou as pessoas a reivindicarem os seus direitos. 

“A doctora Maria Alice Mabota, para mim e para todos outros que trabalharam com ela,  é patrimônio moçambicano, é patrimônio da história da República de Moçambique, e o nome dela deve constar nos anais da história, com letras garrafais, douradas e indeléveis”, homenageou. 

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