O ex-Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, não compareceu, ontem, ao tribunal para o início do seu julgamento por suborno e alegada corrupção na compra de armamento.
O advogado do ex-Presidente sul-africano, Dali Mpofu, justificou a ausência de Zuma na sala do Tribunal Superior de Pietermaritzburg, indicando “condições de saúde devido a uma emergência médica que ocorreu nas últimas horas”, acrescentando que “a defesa espera obter um justificativo por escrito ainda hoje”.
Dali Mpofu confirmou que o ex-governante solicitou, à justiça sul-africana, que o processo de corrupção de que é alvo seja “adiado por tempo indeterminado”, para que o antigo líder do Congresso Nacional Africano “possa prosseguir com os seus vários recursos judiciais”.
O juiz sul-africano, Piet Koen, ainda não respondeu ao pedido da defesa, sendo que já tinha, antes, ordenado que as audições prosseguissem mesmo na ausência de Jacob Zuma.
Na sua intervenção, o procurador público, Billy Downer, referiu que a data de segunda-feira para o início do julgamento foi marcada “após quase duas décadas de atrasos”, sublinhando que “o Estado é contra o adiamento indefinido do julgamento de Zuma
TRIBUNAL ADIA JULGAMENTO DE ZUMA
O Tribunal Superior de Pietermaritzburg, capital da província do KwaZulu-Natal, adiou para 17 de Maio o julgamento do ex-Presidente sul-africano Jacob Zuma por suborno e alegada corrupção pública na compra de armamento em 1999.
O juiz Piet Koen anunciou que o adiamento do julgamento, a que Zuma faltou hoje, visa permitir que o Tribunal Superior de Recurso (SCA, na sigla em inglês) decida sobre um recurso judicial apresentado pelo ex-governante sul-africano contra a decisão de um coletivo de juízes do SCA em março.