Os preços de alguns produtos alimentares baixaram no Mercado Grossista do Zimpeto, em Maputo. Destaca-se a batata-reno, cebola e tomate.
Após a vizinha África do Sul encerrar as fronteiras, como medida de prevenção da pandemia da COVID-19, os produtos alimentares começaram a escassear no mercado moçambicano, e consequente, os preços dispararam.
A batata-reno, por exemplo, chegou a custar em média, 500 meticais um saco de 10 quilogramas no Mercado Grossista do Zimpeto, no início do mês de Março corrente. Esta semana, o preço desceu para 230 meticais.
Porém, apesar desse recuo nos preços, os vendedores reclamam da falta de clientes, ou seja, a batata-reno não está a ter saída.
“Com o coronavírus, nós (vendedores) reforçamos o stock no mercado, mas as pessoas não têm dinheiro e não se fazem ao mercado, devido às restrições de circulação impostas pelo Governo”, Abílio Dimande, vendedor de batata no Mercado Grossista do Zimpeto.
A queda de preços estendeu-se a cebola. Passou de 700 meticais para 380 meticais, nos últimos sete dias.
Maria Simbine, uma das vendedeiras abordadas pelo “O País”, explicou que a queda deve-se a maior oferta deste produto no mercado sul-africano. “Nos próximos dias os preços poderão cair ainda mais”, apontou.
Já o tomate que atingira um pico de 1100 meticais a caixa no início de mês, uma semana após o lockdown decretado por Pretória, viu o preço cair para 650 meticais esta semana.
“Agora temos tomate de produção local, principalmente do distrito de Boane. Com este reforço, o mercado aumentou os stocks”, indicou Maló Gundane, vendedor do Mercado Grossista do Zimpeto.
Com o reforço da produção local, espera-se que os preços dos principais alimentares caiam ainda mais nos próximos dias.