O professor Samuel Simango defende que o Presidente da República deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para harmonizar as propostas de todos os candidatos presidenciais no encontro por si marcado para debater sobre as tensões pós-eleitorais. Simango acrescenta que o país não está em condições de aguentar mais crises políticas, sociais e econômicas.
As tensões pós-eleitorais e o encontro entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e os quatro candidatos presidenciais continua a ser a tónica dominante do debate em Moçambique.
Este domingo, Samuel Simango reforçou a ideia da necessidade de haver diálogo e alertou que é preciso que se tenha sempre em conta o interesse supremo da nação.
Samuel Simango, que também é comentador do “Noite Informativa”, diz que não se deve desviar do real problema que está a causar uma convulsão popular, a verdade eleitoral.
Por isso, Simango avança que “é necessário que eles, os candidatos e o Presidente da República, discutam os assuntos tendo em conta que o país está fraturado, esta nação, que é de todos nós, não está em condições de aguentar mais crises, não só políticas, mas também sociais e econômicas”.
No entender de Simango é importante que o Presidente da República, na qualidade de quem convidou os candidatos, faça tudo o que estiver ao seu alcance para harmonizar as posições de todos, porque “nós sabemos que quando há diálogo partimos de pontos divergentes e temos que levá-los a convergência para que haja diálogo”.
“Neste momento, a bola, como se diz na gíria popular, está com estes [os candidatos presidenciais]”, disse Simango, defendendo a ideia de que, numa primeira fase, seria bom que o encontro fosse entre Nyusi e os candidatos presidenciais e, só depois, alargar-se-ia a base de diálogo para mais intervenientes.
O fundamento trazido por Simango é de que, primeiro, o Presidente da República e os quatro candidatos presidenciais devem traçar uma agenda harmonizada de todos os pontos por eles sugeridos é só mais tarde tornar o debate aberto a outras figuras e instituições.