Mais de 13 mil eleitores nos Distritos de Gilé e Maganja da Costa, na Zambézia, e na Alemanha só irão votar amanhã, 12 de Outubro. A razão é que foi pago o subsídio de alimentação aos MMVs, aliado ao facto do material de votação não ter chegado a tempo.
A demora na alocação dos materiais de votação e atraso no pagamento dos subsídios de alimentação aos Membros de Mesas de Voto fez com que não se votasse nos distritos de Gilé e Maganja da costa, na província de Zambézia, nas eleições gerais de 9 de Outubro, conforme explicou Paulo Cuinica, Porta-voz da CNE.
“Os órgãos eleitorais, ou seja, a Comissão Nacional de Eleições reuniu e deliberou que estes dois círculos eleitorais concluíssem o processo de votação no dia 12 de Outubro, que é amanhã, para permitir que os cerca de 12 503 eleitores na Zambézia e os 670 eleitores, na Alemanha, possam exercer seu direito de voto. Portanto, amanhã vai-se concluir o processo de votação no círculo eleitoral da Zambézia das 7 horas às 18 horas. Queríamos aproveitar para exortar aqueles que devem votar, para que se dirijam, o quanto cedo, aos locais de votação, para exercerem seu direito de voto”, disse o porta-voz da CNE.
Cuinica acrescentou ainda que na República Federal da Alemanha, as urnas irão abrir às 9 horas e encerrar as 21 horas, para permitir que os que estiverem em serviço tenham a oportunidade de votar. “Para o efeito foram destacadas várias equipas para se reforçar a questão da vigilância, para reforçar as próprias operações de colocação do material e permitir que todos possam votar. Foi destacada uma equipa de nível central, constituída por vogais da Comissão Nacional de Eleições afectos à comissão das operações e organização eleitorais”.
A CNE diz que os dados estão ainda a ser processados a nível distrital. Por isso que até ao momento não há vencedor das eleições do dia 9.
“Alguém anunciar que já é presidente da República não pode ser responsabilidade dos órgãos eleitorais, porque os mecanismos instituídos na República de Moçambique são esses que acabamos de anunciar. Portanto, terá que esperar até que os órgãos competentes anunciem o resultado final. Havendo reclamações apelamos, mais uma vez, que recorra a este mecanismo, que é um mecanismo instituído, conhecido por todos candidatos e alguns deles já usaram este mesmo mecanismo”, disse Paulo Cuinica.
Questionado sobre a falta de editais em algumas assembleias de voto, Paulo Cuinica diz haver possíveis casos de sabotagem.
“Os editais no final do apuramento são, de facto, colocados na parte exterior da assembleia de voto. Não sabemos o que terá acontecido para os editais não estarem afixados onde deviam. É de Lei que os editais sejam afixados. Temos também situações de sabotagem, existem aquelas pessoas que não satisfeitas com os resultados eles vão e arrancam os editais”.
A Comissão Nacional de Eleições esclareceu que os jornalistas têm permissão para acompanhar todo o processo eleitoral a nível distrital e provincial, desde a contagem de votos, transporte de urnas até à divulgação final dos resultados.