O Banco de Moçambique e a CTA continuam a divergir sobre a disponibilidade de moeda estrangeira para exportações. Agostinho Vuma desmente o Governador do Banco Central e promete gratificar a qualquer pessoa que conseguir pelo menos, 500 dólares num banco comercial.
Os “patrões” denunciaram publicamente, na semana passada, a escassez de moeda estrangeira no mercado e a preocupação por eventuais consequências do problema na importação de productos diversos.
A preocupação foi desvalorizada, esta quinta-feira, pelo Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, que deu garantias de que há reservas suficientes para assegurar pelo menos cinco meses de importações.
“Do ponto de vista do Banco Central, estamos a falar de mais de cinco meses de importação, isso é muito se comparado ao que é recomendado, que são três meses. Cinco meses é um período confortável”, garantiu Rogério Zandamela.
Esta sexta-feira, o Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique, Agostinho Vuma, rebateu as declarações de Rogério Zandamela e lançou um desafio nos seguintes moldes:
“Eu desafio ao senhor Jornalista, vai ao banco agora e pede 500 dólares e depois publique esta notícia. Se conseguir esse valor, venha levar mais 500 dólares do meu bolso. Nós vamos apresentar um estudo onde vamos trazer informação detalhada sobre as condições de divisas, porque estão a criar problemas sérios nas nossas operações de importações e é de domínio público. Desafio, vá procurar 500 dólares e me diga quanto tempo vai levar para apanhar. Estou a falar de 500, não estou a falar de dinheiro para produção”, desafiou Agostinho Vuma.
Mas nem tudo vai mal. O sector privado está satisfeito pela redução da taxa de juro de 15% para 14.25%.
“Actualmente nós temos maior concentração de liquidez nos bilhetes tesouro em cerca de 65%, a taxa da transformação deposito em créditos a 14%, todos eles inimigos de ambiente propício no quadro do sector financeiro. Estamos aqui a fazer apreciação que isto vai melhorar o desempenho do sector privado e inclui, como disse, o banco comercial” concluiu.
Agostinho Vuma falava à margem da segunda Conferência Anual Das Micro, Pequenas E Médias Empresas.