Ontem, um dia antes do fim do prazo, alguns vendedores protestaram contra a ordem de retirada. E as reclamações são as mesmas. Exigem dinheiro de indemnização e dizem que as bancas construídas não chegam para todos.
“Estivemos reunidos com o vereador e ele prometeu abrir-nos um espaço para as nossas actividades, mas não está a cumprir com a promessa. E hoje vem avisar-nos que amanhã irão destruir as nossas bancas. Como é que irá expulsar-nos se ainda não nos deu o espaço, muito menos o dinheiro de indemnização”, referiu Zita Cossa, uma das vendedeiras.
Os vendedores acusam o Município de os ter enganado e dizem que as suas preocupações teriam sido acauteladas, se tivessem negociado a retirada com a Maputo Sul, empresa pública proprietária do projecto da ponte Maputo – KaTembe. “Nós não estamos a resistir à retirada, estamos a exigir que nos entreguem o nosso dinheiro. O Município é que está a enganar-nos. Exigimos que o Município devolva o dinheiro à Maputo Sul e nós nos entenderemos com os donos do projecto”, sugeriu Cecília Sitoe, outra vendedeira.
Entretanto, o Município de Maputo veio a público, diversas vezes, afirmar que não há espaço para indemnização dos vendedores de Nwankakana, uma vez que estão disponíveis novas bancas próximo do local.
A retirada dos vendedores visa dar lugar à construção de um dos viadutos de acesso à ponte Maputo-KaTembe, um dos maiores projectos de infra-estrutura após a Independência.