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Vendedores informais tendem a ocupar cabines das paragens em Maputo

Foto: O País

Há cada vez mais vendedores informais a ocupar as cabines das paragens na Cidade de Maputo. O porta-voz da Polícia Municipal diz que os vendedores devem abandonar estes locais e procurar a Direcção de Mercados e Feiras para serem enquadrados em mercados.

As paragens são caracterizadas com panelas, “coolman” de água e refrigerantes, até mesmo recipientes que contêm salgados e doces a serem comercializados em algumas cabines das paragens na Cidade de Maputo.

Este cenário deixa alguns passageiros revoltados. “As cabines foram concebidas para os passageiros quando chove e quando faz sol. Então, não é uma boa ideia eles estarem lá nem ético”, reivindicou Jorge Mandlate, passageiro.

Não é ético a ocupação das cabines pelos vendedores informais, entretanto os mesmos dizem que o mercado disponibilizado pelo município não tem condições. “Eu saí de casa e vim vender aqui, ninguém me dispensou o lugar, tenho filhos por criar, não tenho marido e tenho que procurar algo para dar aos meus filhos. O município até me deu espaço em Laulane, mas não deu certo porque não há bancas”, justificou uma vendedeira.

Nem com a perseguição pela Polícia Municipal, os informais saem das paragens. “Nós não estamos seguros aqui, a Polícia Municipal vem aqui e tira-nos os nossos produtos, mas fazer o quê, não há como”, acrescentou a vendedeira.

Por sua vez, o porta-voz da Polícia Municipal, Mateus Cuna, exorta os vendedores a abandonarem o espaço e legalizarem as suas vendas. “Exortamos todos aqueles que, de forma desordeira, usam os espaços públicos para comercializar os seus produtos a abandonarem esses locais. Há uma janela de solução para esses vendedores, que é aproximar-se à Direcção Municipal de Mercados e Feiras para serem enquadrados em locais adequados, a ocupação desses locais viola posturas locais”, apelou Mateus Cuna, porta-voz da Polícia Municipal.

Em 2022, o Município de Maputo contabilizava cerca de quatro mil vendedores que se encontram em locais impróprios, dos quais 250 abandonaram os mercados.

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