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Vendedores de inertes negam abandonar espaço em Magoanine e exigem diálogo com Rasaque Manhique

Vendedores de inertes nas proximidades da praça da juventude, na cidade de Maputo, recusam-se a abandonar o espaço municipal e exigem um encontro com o presidente do Município. Os mais de 170 vendedores dizem que o espaço organizado pelo CMM alberga apenas 17 vendedores.

Volvidos duas semanas de compensação que o Município da Cidade de Maputo havia dado aos ocupantes do espaço pertencente ao município há cerca de três anos, os vendedores de inertes localizados na praça da juventude, parecem ter tomado outra decisão, não obstante, a pressão da edilidade. 

A reclamação da classe é devido a  falta de condições do novo local nas proximidades do quartel de Malhazine, que a edilidade diz ter organizado, entretanto não nas mesmas dimensões do actual.

Diante desta situação, os vendedores exigem um encontro com o Edil de Maputo, Rasaque Manhique, para discussão das soluções favoráveis para as partes.

“Nós pretendemos manter encontro com o presidente do conselho municipal, uma vez que é o dirigente, ele pode ter uma solução para o colectivo. Como cidadãos moçambicanos temos o direito de também termos postos laborais para o sustento das nossas famílias”, reclama  Grácio Joaquim, um dos vendedores informais.

Aliás, o grupo desmente o município que disse há dias ao O País, que os ocupantes eram ilegais e que  as suas actividades vão contra a postura municipal. Empunhados de documentos, os mesmos afirmam que desde o ano passado, estão constituídos em cooperativas, credenciados pelos ministérios da justiça constitucionais e religiosos.

“Aliado a isto fomos a Autoridade Tributária para atribuição do NUIT, só nos falta o município para autorizar o pagamento dos direitos, já fomos no distrito deixar documentação para que o mesmo autorize-nos pagar os impostos exigidos” detalha.

De acordo com os vendedores, nas últimas três semanas houve encontros com o Município mas sem consensos, inclusive, um grupo foi notificado a comparecer no comando distrital, o que acendeu a fúria dos vendedores. ”para nós é estranho o que a este assunto não cabe a polícia e nem a vereação  Transporte, Mobilidade e Trânsito mas sim as Actividades Económicas e Turismo”questionam os vendedores. Entretanto, O País  sabe que está marcado para esta quarta-feira,  mais um encontro entre os vendedores e o governo Municipal.

O espaço onde os vendedores informais encontram-se foi projectado para a construção de terminal rodoviário, entretanto o município diz que a demora do abandono no local priva o avanço do mesmo. 

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