Venâncio Mondlane diz que há provas de que foram as Forças de Defesa e Segurança que assassinaram Elvino Dias e Paulo Guambe. Segundo Venâncio os autores do crime voltaram ao local para recolher as provas que incluem telemóveis de quem “filmou”. O candidato presidencial garantiu que a morte “desses dois jovens é o início de uma vingança que começa com a greve marcada para segunda-feira”.
A “greve nacional”, inicialmente marcada para segunda-feira, continua e será pacífica. A mensagem foi reafirmada pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane que diz que a greve é “o primeiro passo para honrar a morte de Elvino Dias e Paulo Guambe. Também Venâncio Mondlane diz que tem provas de que os responsáveis pelo crime macabro são as Forças de Defesa e Segurança a serviço do partido no poder”.
Em uma mensagem de solidariedade, Venâncio Mondlane, começou por confortar a família do advogado Elvino Dias e do mandatário do partido que o apoia, Paulo Guambe, que foram assassinados na madrugada de hoje. Mondlane não só solidarizou-se como também encorajou as famílias, referindo que “é assim que nascem os mártires”.
“Estamos tristes, mas, porque sempre que é escrita uma nova página de um país houve sangue. Há sangue para ser um mártir.”
E, Venâncio Mondlane, considera-os “mártires” cujo sangue “foi derramado pelo regime”, mas diz que os não mataram os “os seus ideais que ferveu nas veias da juventude”.
Mondlane acusou o partido e disse, “os valores genuínos da Frelimo são de fazer jorrar sangue, de matar, de humilhar. ” e, também, mencionou os antigos chefes de estado como responsáveis do crime, “mamã Graça Machel, papá Armando Guebuza, papá Joaquim Chissano, o sangue desses jovens também está nas vossas mãos”.
Referiu que há provas. “Foram as Forças de Defesa e Segurança que fizeram isto e voltaram para recolher as provas e telemóveis das pessoas que filmaram, mas o sangue deste jovem é o início da vingança e segunda-feira será o início de uma nova etapa. Vão se arrepender disso”.
Venâncio Mondlane, finalizou em garantir que a greve que está marcada para segunda-feira (21), vai ser realizada a nível nacional, de forma pacífica, ao que, no entanto, adverte a população não criar razões para ser compreendida pelas autoridades como “vandalismo”.
“Em face desse acontecimento vamos manter a greve para a segunda-feira e não ficaremos de braços cruzados. Não vamos pedir autorização e não há trabalho nem público nem privado. Vamos levantar os nossos cartazes pacificamente, vamos caminhar e vamos mostrar o nosso repúdio (…). E, o comandante adjunto disse que está pronto para responder a desordem e nós não vamos fazer desordem”, referiu.
Apelando para a realização de uma greve pacífica, também o candidato presidencial suportado pelo PODEMOS, em reação à antecipação da PRM que disse que não vai tolerar a desordem, exigiu que a Polícia respeite a greve “como um direito constitucional”. “Não se aproveitem para fazer o que querem fazer, nós é que conferimos a competência da ordem e da lei, o senhor não vai nos obrigar a revirar o país de um dia para o outro”.
O candidato presidencial reafirmou que a greve nacional anunciada para segunda-feira “está mais firme do que nunca” e que agora, não vai implicar apenas paralisar tudo. Mondlane convida a todos a se fazerem à rua com cartazes de repúdio ao regime do dia. Isto poderá ser feito através de uma marcha pacífica, que se prevê que comece às 10h, no local onde Elvino Dias e Paulo Guambe foram assassinados. A concentração está para as 09h.
Venâncio Mondlane finalizou dizendo que caso se registe afirma que se fará presente e apela à Polícia para que não responda com violência, “sob pena de se verem algo jamais visto no país”.