O candidato presidencial, Venâncio Mondlane, queixou-se, sábado, de intolerância política no distrito de Mecanhelas, na província do Niassa. Mondlane já havia manifestado, sexta-feira, indignação perante a actuação da polícia que, segundo disse, tentou impedir o trabalho do PODEMOS em Cuamba.
Venâncio Mondlane escalou, fim-de-semana, a província do Niassa, norte do país, para dar seguimento à campanha eleitoral para as eleições gerais de 9 de Outubro. Entrou pelo Município de Cuamba, na sexta-feira de noite, dirigindo-se ao bairro Aeroporto 5, na zona da Massaniqueira. Naquele local, Mondlane denunciou perseguição da polícia aos membros do PODEMOS. Disse, perante os presentes, que houve uma comunicação prévia sobre as actividades a serem desenvolvidas por si e, claro, pelos membros e simpatizantes do PODEMOS. Tal situação fez com que membros da Frelimo e do PODEMOS partilhassem o mesmo espaço, desenvolvendo acções num raio próximo, cenário que provocou troca de mimos e intervenção da polícia para evitar o pior. Na sexta-feira, Mondlane disse que uma das suas acções passa por despartidarizar o Estado. Aos jovens, não prometeu emprego directo. Prometeu, isso sim, abrir linhas de financiamento para desenvolverem os seus projectos.
Vinte e quatro horas depois, ou seja, no sábado, escalou o distrito de Mecanhelas depois de ter mantido contacto com a população de Cuamba e do povoado de Tetemela.
O seu discurso esteve virado para melhoria das vias de acesso, que as considerou de péssimas e de produção de poeiras. Outrossim, abordou a necessidade de Mecanhelas ter uma cadeia de valores para a valorização da produção local. Para Venâncio Mondlane, as riquezas de Niassa devem beneficiar esta província.
Aos professores, assegura que vai criar condições dignas de trabalho, recordando que, quando era deputado da Assembleia da República, defendeu um caso de 130 profissionais desta área que foram “, injustiçados”.