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Mais um político assassinado no Equador a seis dias das eleições

Foto: RTP Notícias

Um político foi assassinado no noroeste do Equador, esta segunda-feira. O anúncio foi feito pelo seu partido, menos de uma semana após o assassínio de Fernando Villavicencio, um dos candidatos às eleições presidenciais de 20 de Agosto.

Uma das candidatas presidenciais, Luisa González, confirmou que Pedro Briones, membro do Revolución Ciudadana e um dos líderes do partido na província de Esmeraldas, foi assassinado.

“O Equador vive o seu período mais sangrento”, lamentou a candidata, nas redes sociais,  criticando “o abandono total de um Governo inepto” e um “estado tomado pelas máfias”.

Até agora, nem a polícia nem o Governo confirmaram o incidente.

De acordo com o Notícias ao Minuto, Briones foi morto a tiro em casa, na cidade de San Mateo, por dois homens que chegaram numa motorizada e conseguiram fugir após os disparos.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Colômbia reagiu na segunda-feira ao assassínio de Pedro Briones dizendo que “o Governo rejeita esses actos criminosos contra a democracia equatoriana e confia que os responsáveis serão punidos em toda a extensão da lei”, escreve o Notícias ao Minuto.

Este é o segundo assassínio de um político no Equador em menos de uma semana. Fernando Villavicencio, de 59 anos, candidato do movimento político equatoriano Construye, foi morto a tiro na passada quarta-feira, à saída de um comício.

O crime levou à detenção de seis pessoas, de nacionalidade colombiana, embora ainda se desconheça quem ordenou o homicídio.

A Comissão Nacional Eleitoral do Equador decidiu manter a data das eleições para 20 de Agosto, apesar do assassínio de Villavicencio e da imposição do estado de emergência na maioria do território do país.

Para substituir Villavicencio na corrida à presidência, o Construye nomeou Christian Zurita, que trabalhou durante 15 anos nas investigações sobre corrupção que tornaram Villavicencio conhecido da opinião pública do Equador.

O Equador vive a maior crise de insegurança da história do país, que as autoridades atribuem ao tráfico de droga.

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