O candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, de 59 anos, foi ontem assassinado por desconhecidos, com três tiros na cabeça, após um comício na capital do país, informou o Governo, citado pela imprensa internacional.
O ministro do Interior, Juan Zapata, garantiu que o ataque foi realizado por assassinos contratados que também feriram outras nove pessoas.
Segundo o Ministério Público, citado pela SIC Notícias, entre os feridos conta-se uma candidata a deputada e dois agentes da polícia.
A polícia está a recolher provas no local do crime e no centro médico para onde as vítimas foram transportadas.
Fernando Villavicencio foi jornalista e feroz adversário do antigo Presidente Rafael Correa, bem como contra a corrupção.
O Presidente do Equador, Guillermo Lasso, prometeu que o crime não ficraá em pune.
“Indignado e consternado pelo assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e condolências à sua esposa e suas filhas. Por sua memória e sua luta, asseguro-lhes que este crime não ficará impune”, afirmou o presidente do Equador, na sua rede social Twitter.“O crime organizado chegou muito longe, mas o peso da lei vai cair neles, disse o Presidente cessante e também candidato.
Villavicencio ocupava o quinto lugar numa pesquisa publicada pelo “El Universo” ontem.
Jornalista de profissão, Fernando Villavicencio foi deputado entre 2021 e 2022 e se declarava defensor das causas sociais indígenas e dos trabalhadores, e também foi líder sindical.
O candidato de 59 anos pelo partido Movimiento Construye Ecuador era uma das vozes críticas mais fortes contra a corrupção, especialmente durante o Governo do ex-Presidente Rafael Correa (2007-2017).
Em 2014, quando era jornalista, chegou a ser condenado a 18 meses da prisão porque a Justiça entendeu que ele cometeu injúrias contra Correa.
Villavicencio era casado com Verónica Sarauz e deixa cinco filhos.