A União Africana apelou, esta terça-feira, à conjugação de esforços para a preservação da unidade da CEDEAO e pediu a intensificação do diálogo entre o Mali, o Burkina Faso, o Níger e os dirigentes desta organização regional.
Em comunicado, citado pela DW, o presidente da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, expressou o seu “profundo pesar” na sequência do anúncio da saída do Mali, do Burkina Faso e do Níger da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), e declarou a total disponibilidade da Comissão da União Africana para ajudar a garantir um “diálogo fraterno, longe de qualquer interferência externa, venha ela de onde vier”.
O comunicado da UA surge após a declaração do ministro dos Negócios Estrangeiros do Mali, Abdoulaye Diop, feita no Conselho de Ministros extraordinário, na segunda-feira, e divulgada pela Presidência do Mali nessa mesma noite, na qual defendeu que os três países trabalhem “pelos seus próprios interesses, livres de influências externas prejudiciais”.
A reunião extraordinária do Executivo realizou-se um dia depois de os três países vizinhos, governados por juntas militares, terem anunciado a saída da união económica de 15 nações, que tem uma moeda comum, o franco CFA, escreve a DW.
A retirada é uma reação directa às sanções económicas e financeiras impostas pela CEDEAO aos três países na sequência dos golpes de Estado, que levaram os militares ao poder, e à pressão do bloco para que regressem à ordem constitucional.