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Um mês de guerra no Sudão e o futuro continua incerto

Passa hoje um mês após o início de confrontos entre as tropas dos dois generais, que lutam pelo poder no Sudão. Contam-se até aqui mais de 750 mortos, há também milhares de feridos e cerca de um milhão de deslocados e refugiados.

De um lado o general Abdel Fattah al-Burhane, chefe das Forças Armadas e Presidente do Sudão, desde o golpe de Estado de 2021, e do outro, Mohamed Hamdane Daglo, vice de al-Burhane, que lidera o grupo paramilitar, Forças de Apoio Rápido, uma milícia acusada de matar membros de minorias étnicas não árabes na região de Darfur.

São os dois homens em guerra aberta desde 15 de Abril passado, num dos países mais pobres do mundo, no qual não há ainda perspectivas de um ponto final nos confrontos.

Um mês após o início do conflito armado, mais de 750 pessoas morreram e milhares ficaram feridas.

Sem água nem electricidade, os habitantes de Cartum aguardam, em casa, por um hipotético cessar-fogo no meio de ataques aéreos, tiroteios e fogo de artilharia.

Os combates estão a provocar uma catástrofe de proporções inimagináveis, alertam ONG. O país com 45 milhões de habitantes poderá ver, em breve, 19 milhões ameaçadas pela fome.

Esta segunda-feira, o Exército sudanês realizou mais ataques aéreos, no norte da capital Cartum, enquanto luta para repelir os rivais paramilitares.

O conflito fez, ainda, com que cerca de 200.000 civis fugissem para os países vizinhos e mais de 700.000 se deslocassem dentro do Sudão, desencadeando uma crise humanitária que ameaça desestabilizar a região, o que está a preocupar países vizinhos, como Sudão do Sul, Egipto e Etiópia.

Desde a primeira semana dos confrontos, mais de seis tentativas de impor um cessar-fogo fracassaram, mesmo quando fossem para criar corredores humanitários.

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