O Governo talibã divulgou esta terça-feira um conjunto de restrições dirigidas aos órgãos de comunicação social afegãos, incluindo a proibição de dramas que incluem atrizes, assim como obrigar apresentadoras televisivas a usar Hijab.
De acordo com o ministério afegão do “vício e virtude”, citado pelo Observador, foram, na mesma sequência, emitidas nove normas a serem cumpridas pela comunicação social, visando banir qualquer forma de media que se oponha aos “valores afegãos ou do Islão”.
Já a agência Reuters, citada pelo Observador, escreve que apesar de a maioria das mulheres afegãs já usar a hijab islâmica no seu quotidiano, as regras impostas pelos talibãs preocupam activistas pelos direitos das mulheres, uma vez que são vagas e podem ser interpretadas de forma conservadora.
Face a medida anunciada, a organização Human Rights Watch (HRW) repudiou veementemente as imposições do Governo talibã, afirmando que a liberdade de imprensa estava a ser posta em causa no país.
“O desaparecimento de qualquer espaço para discórdia e o aperto das restrições para mulheres na comunicação social e nas artes é devastador”, diz a organização.