Passa hoje um ano após a explosão no porto de Beirute, no Líbano. Além da destruição de infraestruturas, houve mais de 200 pessoas e milhares de feridos. De lá a esta parte, nenhuma pessoa foi levada à justiça e a investigação arrasta-se dificultada por vários intervenientes políticos libaneses. Diante da letargia, a Human Rights Watch pede sanções internacionais.
A 04 de Agosto, uma enorme explosão deixou o porto de Beirute em escombros e sacudiu vários quarteirões da capital do Líbano. Milhares de pessoas ficaram feridas e os danos materiais são ainda avultados.
As autoridades do Líbano avançaram que a tragédia foi causada pelo rebentamento de 2.750 toneladas de nitrato de amónio que se encontravam armazenadas no referido porto, havia mais de seis anos e sem qualquer medida de precaução.
A investigação sobre a ocorrência está praticamente parada e a imprensa internacional avança que o inquérito é afectado pela ingerência política.
Faltam respostas sobre a tragédia, mas a Human Rights Watch entende que altos funcionários libaneses estão implicados na explosão e na obstrução à investigação.
A organização pediu sanções internacionais, pois considera que houve negligência desde a chegada do nitrato de amónio ao porto Beirute, em 2013, até à explosão.
Sobre o caso, a empresa Fábrica de Explosivos de Moçambique explicou, à data dos factos, que tinha encomendado o nitrato de amónio à Geórgia, em 2013, mas a carga nunca foi entregue, diz o Expresso de Portugal.