A União Europeia (UE) está a estudar a possibilidade de apoiar em material letal para o combate ao terrorismo na zona Norte do país. A informação foi avançada, hoje, pelo embaixador da organização em Moçambique.
O Presidente da República pediu, há dias, à União Europeia apoio em material letal para o combate ao terrorismo que assola a zona Norte do país.
Esta segunda-feira, a representação da organização no país revelou que está a estudar a possibilidade. Disse que ainda não se tinha pronunciado devido à complexidade do assunto.
“Estamos conscientes da importância do equipamento letal que foi uma questão salientada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi. Tenho a dizer que é uma questão muito sensível, mas está em curso uma reflexão sobre isso; o resultado está aberto, portanto não é possível dizer, neste momento, qual será o desfecho”, revelou António Maggiore, embaixador da União Europeia em Moçambique.
A União Europeia tem a missão de treinar 1700 soldados no país para fazer frente ao terrorismo. A organização apoia Moçambique noutros domínios.
“A União Europeia já está a dar equipamento não-letal avaliado em cerca de 89 milhões de euros, e nós achamos que esse é um apoio importante e concreto no esforço de garantir a segurança no Norte do país”, avançou António Maggiore, embaixador da União Europeia em Moçambique.
O diplomata europeu falou, também, do início da primeira exportação de Gás Natural Liquefeito no país. Maggiore diz que, a realização do mega-projecto abre espaço para o desenvolvimento económico local.
“Endereçamos os nossos parabéns, é um grande sucesso para o país, para o Governo e para o povo moçambicano, assim como para o desenvolvimento económico local. É uma grande oportunidade para todos”, enalteceu António Maggiore.
O embaixador da União Europeia falava à margem do encontro que realizou com a presidente da Assembleia da República, no seu gabinete de trabalho.