Moçambique vai receber 20 milhões de Euros, mais de 1.3 mil mihões de Meticais para o reforço do apoio militar ruandês que opera na província de Cabo Delgado, devido ao terrorismo. O apoio foi aprovado há dias no âmbito do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz.
“Este apoio permitirá a aquisição de equipamento pessoal e cobrirá os custos relacionados com o transporte aéreo estratégico necessário para apoiar a projecção ruandesa em Cabo Delgado”, refere a Agência de Informação de Moçambique, que cita um documento a que teve acesso.
Este destacamento teve início em Julho de 2021, a pedido das autoridades moçambicanas, para apoiar a luta contra o terrorismo em Cabo Delgado.
“A presença das tropas da Força de Defesa do Ruanda tem sido fundamental para fazer progressos e continua a ser fundamental, especialmente tendo em conta a recente retirada da Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM). Esta medida de reforço é um testemunho do apoio da UE às “soluções africanas para os problemas africanos” e, como parte da luta global contra o terrorismo, servirá também os interesses da UE na região”, disse Josep Borrell, Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, citado em comunicado.
O apoio adicional adoptado complementa a medida de assistência paralela, no valor de 89 milhões de euros, às Forças Armadas moçambicanas treinadas pela Missão de Formação da UE (EUTM) Moçambique.
Criado em Março de 2021, o Mecanismo Europeu de Apoio à Paz visa financiar acções externas da UE com implicações militares ou de defesa, com o objectivo de prevenir conflitos, preservar a paz e reforçar a segurança e a estabilidade internacionais.
Em particular, o EPF permite à UE financiar acções destinadas a reforçar as capacidades de Estados terceiros e organizações regionais e internacionais em matéria militar e de defesa.
Desde Outubro de 2017 que Moçambique, particularmente Cabo Delgado, é alvo de ataques terroristas que já resultaram na morte de mais de quatro mil pessoas e levaram mais de quatro mil a abandonar as suas residências na busca de locais mais seguros.