As selecções de Moçambique e da África do Sul disputam esta sexta-feira, no Nelson Mandela Bay Stadium, as meias-finais do torneio Taça Cosafa, quando forem 17H00, mesmo local que, 3 horas antes, recebe o embate entre Senegal e Eswatini, outro jogo das meias-finais
Um jogo de duas alas, tal Golias e David, que se vai efectivar no Nelson Mandela Bay Stadium, esta sexta-feira, quando forem 17h00. Moçambique e África do Sul medem forças em jogo das meias-finais do torneio Cosafa, com o resultado a pender, favoravelmente aos donos da casa, que são a equipa mais equilibrada e invicta desta edição da competição regional.
Trata-se de um embate entre o 75º colocado do ranking da FIFA, a África do Sul, e o 117º colocado, Moçambique, que disputam o acesso à final da competição, com as mesmas ambições, mas perspectivas contrárias.
É que os Bafana Bafana, para além de serem os anfitriões, já conquistaram a competição por quatro ocasiões, nomeadamente em 2002, 2007, 2008 e 2016, enquanto os Mambas nunca lograram levantar o troféu, tendo sido apenas finalistas vencidos em 2008, precisamente para o adversário desta sexta-feira e, em 2015, quando perderam para a Namíbia, equipa que venceram e afastaram na última jornada do grupo B.
Mas há mais detalhes neste confronto e na disputa para a próxima fase, a final. É que a África do Sul, sempre que chegou à final, conquistou a prova e, nas quatro vezes em que foi eliminado nas meias-finais e teve que disputar o jogo de atribuição do terceiro lugar, venceu três jogos e perdeu apenas um, justamente diante dos Mambas, em 2009, por uma bola sem resposta, com golo apontado por António Hagi, numa prova disputada no Zimbabwe.
Por seu turno os Mambas fizeram o mesmo trajecto sempre que tivessem que chegar ao jogo de atribuição, terminando no pódio em três ocasiões e perdendo apenas um jogo, diante do Botswana, em 2007.
No confronto directo entre as duas equipas, em sete jogos disputados, os Bafana Bafana levam grande vantagem, pois venceram cinco jogos, enquanto os Mambas venceram apenas um, e houve registo de apenas um empate, o que dá ligeira vantagem aos sul-africanos nesta partida.
Para chegarem a esta fase, os “Mambas” suplantaram, na quarta-feira, a sua congénere da Namíbia (1-0), na última jornada da fase de grupos (B), graças ao golo solitário de Melque, apontado a passagem do minuto 80. Apesar de as duas equipas terem terminado com os mesmos pontos (7), Moçambique ficou em vantagem no confronto directo sobre os namibianos, sendo que o Senegal terminou como líder do grupo com nove (9) pontos, após vencer o Malawi por 2-1.
Já a África do Sul entrou para esta jornada com a qualificação já garantida e na última jornada ficou pelo nulo diante da já afastada Zâmbia.
Entretanto, o Eswatini carimbou o passaporte para a fase depois de empatar diante do Botswana por 1-1, terminando a fase de grupos como o segundo melhor classificado do Grupo “A”, com sete pontos, e os anfitriões lideraram o grupo com 10 pontos.
De acordo com o regulamento da prova, apenas os primeiros classificados de cada grupo se apuram às meias-finais e o segundo melhor classificado de todos os grupos. Este cenário permite com que cada selecção realize três jogos até um máximo de cinco, o que proporcionará uma preparação importante para as selecções envolvidas nas eliminatórias para o Campeonato do Mundo de 2022, no Qatar, com início previsto para Setembro próximo.
Das 19 edições até então disputadas, o Zimbabwe é a nação mais bem-sucedida na história da COSAFA tendo conquistado o seu sexto título em 2018, seguido da Zâmbia, com cinco conquistas e a África do Sul com quatro. Angola com 3 conquistas e Namíbia com apenas um título são outras das selecções que venceram a competição regional.