O movimento Professores Unidos acusa o Governo de estar a ignorar as suas inquietações relacionadas com a implementação da Tabela Salarial Única e ameaça boicotar os exames que iniciam na próxima segunda-feira.
O movimento Professores Unidos, que congrega professores do ensino primário e secundário, diz que o Governo não lhes está a dar ouvidos relativamente às inquietações relacionadas com a Tabela Salarial Única (TSU).
“Assim como fizeram com a Associação Médica de Moçambique e a Associação Moçambicana dos Juízes, queremos que também abram espaço para nos ouvir. Uma das reivindicações que volto a fazer referência é que o n1 comece do nível 16 como foi acordado anteriormente e que os outros subsídios que perdemos sejam repostos”, afirmou Avatar Cuamba, representante dos Professores Unidos.
O grupo ameaça boicotar os exames que iniciam na próxima segunda-feira, caso o Executivo não dê uma resposta satisfatória.
“Teremos que optar pela paralisação dos exames se o Governo não abrir espaço para o diálogo. O professor é uma das bases da sociedade, dá aulas, às vezes, em condições deploráveis e ninguém olha para este lado. O professor consome o giz todos dias e não tem assistência médica periódica”, disse Avatar Cuamba, representante dos Professores Unidos.
O movimento acusa, igualmente, a Organização Nacional dos Professores de não defender os interesses da classe que representa.
“Tinha que estar aqui um representante da organização a provar que se preocupa com as insatisfações dos professores. Se estamos aqui organizados, é porque aquela organização não está a representar-nos. Ninguém foge de um bom pai. Desafiamos o secretário-geral a sair do gabinete e estar nessa praça”, reiterou Avatar Cuamba.
O movimento Professores Unidos avança ainda que já submeteu várias cartas ao Governo e à Organização Nacional dos Professores, mas nenhuma das partes reage.